Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, comunicou neste domingo (28/12) que os pilotos e comissários de bordo decidiram não entrar em greve. O sindicato da categoria divulgou hoje que os trabalhadores aprovaram a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para 2025/26, após votação realizada no sábado (27/12).
Em sua rede social X, o ministro afirmou: “URGENTE: Não haverá greve na aviação no Brasil. Acordo estabelecido entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas e as companhias aéreas, com intervenção do TST, assegura a manutenção dos voos e a segurança dos passageiros. Isso fortalece ainda mais o turismo de negócios e lazer.”
Os pontos principais reivindicados pelos aeronautas incluíam reajuste salarial baseado no INPC + 3%, aumento do vale-alimentação pelo INPC mais R$ 105, previdência privada, ampliação das diárias internacionais para América do Sul, EUA e América Central, e pagamento em dobro da hora noturna. Também destacavam a importância do combate à fadiga, fundamental para a saúde dos tripulantes e segurança operacional.
A aprovação da nova proposta veio após a rejeição da oferta anterior, quando o voto foi praticamente dividido, com 49,31% contra, 49,25% a favor e 1,44% que se abstiveram. Naquele momento, o sindicato chegou a decretar estado de greve, possibilitando uma paralisação a partir de 1º de janeiro, dependendo do resultado da negociação final.
Como alternativa, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) propôs um reajuste salarial pelo INPC acrescido de 0,5% e um aumento de 8% no vale-alimentação — esta proposta foi aprovada na votação on-line realizada nesse fim de semana, com 65,93% dos aeronautas favoráveis.
A negociação abrangeu apenas as companhias aéreas Azul e Gol, pois os trabalhadores da Latam já haviam aceitado acordo coletivo nas votações anteriores e, portanto, não estavam sujeitos à greve.
