O Ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou nesta quarta-feira (17/2) que entende a sua demissão, justificando a necessidade de manter a boa relação com o Congresso, e manifestou que dedicará seus esforços para a campanha ao Senado em 2026. A sua saída foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a última reunião ministerial do ano.
“Para assegurar a governabilidade e fortalecer a cooperação entre governo e partidos políticos, o União Brasil solicitou indicar um representante para a pasta do Turismo. Eu compreendo essa decisão e agradeço ao presidente Lula pelo apoio”, afirmou Sabino.
Eleito deputado federal pelo Pará, Celso Sabino assumiu o ministério em 2023 por indicação do União Brasil, em substituição à anterior ministra Daniela do Waguinho. No entanto, neste ano, perdeu o respaldo do partido devido ao rompimento com o governo Lula.
Diante da resistência em deixar o cargo, o União Brasil decidiu expulsá-lo do partido. “Tomei a responsabilidade de permanecer no cargo para concluir projetos importantes, como a COP30. Não poderia deixar a função de forma abrupta, como o partido exigiu. Acredito que essa foi a decisão correta para o Pará e o Brasil”, explicou o ministro.
O governo fez um acordo com um grupo do União Brasil para indicar Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União-PB), como novo ministro. O jovem, que já atuou como secretário de Turismo da Paraíba, conta com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Sabino destacou a competência do sucessor e se colocou à disposição para ajudar na transição.
Sobre suas intenções políticas, o ex-ministro revelou que pretende disputar uma vaga no Senado em 2026, mesmo ainda sem filiação partidária definida. Ele não descartou o Partido dos Trabalhadores (PT) como possível opção, mas afirmou que não irá se candidatar pelo PL.

