Segundo Tereza Cristina, aperfeiçoar as relações comerciais com a nação norte-americana ”é central” para economia brasileira
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quinta-feira (5/9) que é necessário estreitar as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos para que o país possa ter maia fontes de investimento. Apesar de reconhecer que a tarefa para o governo “não é simples nem fácil”, ela frisou que “a reaproximação com os EUA é central”.
“Tanto em termos de comércio, como em investimentos. Os Estados Unidos são o segundo principal destino das nossas exportações e, também, origem das importações. Temos uma relação equilibrada em termos comerciais”, disse Cristina, durante a conferência “Agenda do Brasil para Crescimento Econômico e Desenvolvimento”, organizada pelo Council of the Americas (COA).
Durante o evento, a ministra pontuou que o mais importante é desenvolver a pauta agropecuária entre as duas nações, que atualmente se concentra em poucos produtos, como café, álcool e suco de laranja. Os três representam aproximadamente 50% das exportações, segundo Cristina,
“O valor agropecuário da pauta do Brasil com os EUA ainda é baixo. O comércio entre os países chegou à marca de $ 58 bilhões em 2018, mas o agronegócio representou apenas R$ 5 bilhões. Nossa proposta é ampliar as trocas comerciais e diversificar esta pauta, de modo que seja benéfico para os dois países”, comentou.
Cristina ainda citou a importância de uma parceria entre os dois países devido às sinalizações do presidente norte-americano, Donald Trump, de que estaria disposto a ajudar o Brasil a solucionar a situação das queimadas na Floresta Amazônica. De acordo com a ministra, “os Estados Unidos são um aliado importante nesse momento em que a mídia internacional voltou a atenção para a Amazônia, pintando a situação com cores irrealistas”.
“O problema da Amazônia existe. Estive recentemente na região e pude comprovar a efetividade do plano de ação de combate a incêndios. Não é correto associar o que lá ocorre com a produção de alimentos. Temos que identificar e punir os verdadeiros culpados”, afirmou.