Mundo
Militares americanos morrem em explosão no aeroporto de Cabul
Segundo informações divulgadas pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, “vários soldados americanos morreram”
Um homem-bomba detonou o explosivo do lado de fora do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, nesta quinta, 26, e outro realizou o mesmo tipo de ataque em frente a um hotel na capital que estava sendo usado para processar vistos para os afegãos. Mais de vinte pessoas morrreram e outras dezenas ficaram feridas. Relatos preliminares apontam que pelo menos doze militares americanos estão entre os mortos e 15 ficaram feridos, o que está provocando uma crise no governo americano. Um terceiro ataque foi realizado por um homem armado em frente ao aeroporto, que atirou na multidão. “Ainda não há clareza sobre o número de mortos e feridos. Os detalhes serão reportados assim que os tivermos”, disse John Kirby, secretário de imprensa americano.
Segundo informações divulgadas pelo porta-voz do Pentágono, John Kirby, “vários soldados americanos morreram nas duas explosões no aeroporto de Cabul nesta quinta-feira”. O Wall Street Journal havia afirmado que o embaixador americano em Cabul teria informado à sua equipe diplomática que quatro fuzileiros navais americanos teriam morrido e outros três teriam ficado feridos. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada oficialmente pelos EUA.
Statement on this morning’s attack at #HKIA: pic.twitter.com/Qb1DIAJQJU
— John Kirby (@PentagonPresSec) August 26, 2021
Os militares americanos que não resistiram aos ferimentos causados pelo ataque foram os primeiros a serem mortos no Afeganistão desde fevereiro de 2020, quando dois militares pereceram durante operações no território.
O governo americano e países europeus alertaram nesta quinta para o aumento do risco de ataques terroristas no aeroporto e em suas imediações, onde milhares de pessoas se aglomeram na tentativa de sair do país.
A autoria do atentado está sendo atribuída a um grupo afiliado ao Estado Islâmico, que dominou mais de dois terços da Síria e do Iraque entre 2014 e 2017 — hoje, seus militantes cometem ataques suicidas de menor escala em cidades e áreas rurais. O Estado Islâmico possui ramificações no Oriente Médio e na África.
Nesta quinta, os Estados Unidos e outros países emitiram alertas sobre a ameaça acentuada de atentados, orientando seus cidadãos e todos aqueles em busca de vistos a permanecer em suas residências e evitar a todo o custo a região do aeroporto.Diante do aumento da instabilidade no Afeganistão, a Alemanha, a Bélgica e outros países europeus decidiram suspender as operações de evacuação. “Nesta quinta, a situação rapidamente piorou”, disse Alexander De Croo, primeiro-ministro da Bélgica, pouco antes do ataque suicida. “Nós observamos que o acesso aos portões do aeroporto ficou quase impossível como resultado do aumento da probabilidade de atentados”.
#Breaking-Warning (Strong Graphics +18)
The primary numbers: above 20 killed and above 50 injured. the number can be increased. #Kabulairport. pic.twitter.com/z2OPnjSUl3— Aśvaka – آسواکا News Agency (@AsvakaNews) August 26, 2021
O Talibã assumiu o controle da capital no último dia 15, depois de rápida campanha por regiões rurais e várias províncias do país. O grupo fundamentalista islâmico começou a perseguir colaboradores das forças americanas, jornalistas e pessoas que trabalham para ONGs. A operção de evacuação dos Estados Unidos termina no próximo dia 31. Diante das ameaças terroristas, a França decidiu suspender a evacuação nesta sexta. A Bélgica e outros países europeus já cancelaram as missões de resgate em função do aumento do risco de atentados.
#Breaking (Graphic +18)
Several injured in an explosion near Kabul airport gate.
Follow us for updates. pic.twitter.com/XgyhhrNSJ1
— Aśvaka – آسواکا News Agency (@AsvakaNews) August 26, 2021

Mundo
Israel dissolve Parlamento e convoca novas eleições para 1º de novembro
A dissolução foi aprovada por 92 votos a favor e nenhum contrário

Objetivo da coalizão era acabar com 12 anos ininterruptos de governo do direitista Benjamin Netanyahu (Ilia Yefimovich/picture alliance/Getty Images)
Os deputados israelenses dissolveram nesta quinta-feira o Parlamento e abriram o caminho para novas eleições legislativas, a quinta vez que o país comparecerá as urnas em menos de quatro anos, e para a nomeação a partir de meia-noite do chefe da diplomacia Yair Lapid como primeiro-ministro interino.
A dissolução foi aprovada por 92 votos a favor e nenhum contrário, de um total de 120 cadeiras no Parlamento. Antes da votação, os deputados estabeleceram 1º de novembro com a data para as próximas legislativas.
A dissolução encerra o breve governo de um ano do primeiro-ministro Naftali Bennett, que liderou uma coalizão de oito partidos (direita, esquerda e centro), que incluiu pela primeira vez uma formação árabe, algo histórico em Israel.
O principal objetivo da coalizão era acabar com 12 anos ininterruptos de governo do direitista Benjamin Netanyahu, mas também formar um Executivo, algo que havia sido impossível após as três eleições anteriores, muito acirradas.
Horas antes da dissolução do Parlamento – prevista inicialmente para quarta-feira à noite e adiada para quinta-feira por atrasos em outras votações -, Bennet anunciou que não será candidato nas próximas eleições.
Ele transmitirá o cargo de primeiro-ministro a Lapid às 00h00 locais (18h00 de Brasília).
Perda da maioria
O acordo de coalizão incluía uma alternância no poder e uma cláusula que estabelecia que Lapid seria o primeiro-ministro interino até a formação de um novo governo em caso de dissolução do Parlamento
Um ano após a assinatura do acordo histórico, a coalizão perdeu a maioria na Câmara e Bennett anunciou na semana passada a intenção de dissolver o Parlamento para convocar novas eleições.
Em 6 de junho, a oposição provocou um revés para a coalizão Bennett-Lapid, ao reunir maioria contra a renovação de uma “lei dos colonos”, um dispositivo que a Câmara deve aprovar a cada cinco anos.
Esta lei deveria ser renovada até 30 de junho, pois em caso contrário os colonos da Cisjordânia – território palestino ocupado por Israel desde 1967 – corriam o risco de perder a proteção legal com base no direito israelense.
Bennett, fervoroso defensor das colônias, ilegais para o direito internacional, não poderia correr o risco de provocar uma situação caótica e preferiu encerrar o seu governo.
“Unidade israelense”
“O que precisamos agora é voltar ao conceito de unidade israelense e não deixar que as forças da sombra nos dividam”, declarou na semana passada Lapid, que será primeiro-ministro a partir de sexta-feira.
O jornalista e ex-astro da TV ocupará ao mesmo tempo os cargos de chefe de Governo e ministro das Relações Exteriores, enquanto se prepara para as eleições.
Em meados de julho, Lapid receberá em Israel o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em sua primeira visita ao Oriente Médio desde que chegou à Casa Branca.
No cenário interno, ele enfrentará o líder da oposição e do partido Likud, Benjamin Netanyahu, de 72 anos, julgado por corrupção em vários processos, que deseja retornar ao posto de primeiro-ministro.
“A experiência (da coalizão) fracassou”, declarou Netanyahu. “Isto é o que acontece quando se reúne uma falsa extrema-direita com a esquerda radical, tudo isto misturado com a Irmandade Muçulmana”, acrescentou.
“Teremos outro governo Lapid que será um fracasso ou um governo de direita liderado por nós? Nós somos a única alternativa! Um governo forte, nacionalista e responsável”, declarou Netanyahu, iniciando de maneira antecipada a campanha eleitoral.
Mundo
Três sinais mostram que peso argentino caminha para um tombo
Moeda deve sofrer uma desvalorização contra o chamado dólar blue de cerca de 40% para 340 pesos por dólar

Um porta-voz do banco central afirma que continuará adotando políticas que aliviam as preocupações com a taxa de câmbio e a inflação (LUIS ROBAYO)
O peso argentino caminha para uma forte desvalorização no mercado de câmbio paralelo – um tombo tão grande que pode arrastar o peso oficial com ele.
A necessidade de aumentar a base monetária para pagar as dívidas em peso e os gastos financeiros, além de uma queda nas exportações agrícolas e um aumento nas importações de energia, tudo isso significa problemas para a moeda argentina.
O peso deve sofrer uma desvalorização contra o chamado dólar blue de cerca de 40% para 340 pesos por dólar até o final do ano, disse Alejo Costa, chefe de estratégia para a Argentina no BTG Pactual. Isso, por sua vez, pode levar o banco central a desvalorizar a taxa de câmbio oficial em pelo menos 10% no final do terceiro trimestre, quebrando sua política de dois anos de declínio gradual e controlado.
“O peso paralelo estará sob mais pressão do que todas as outras moedas da região, dadas as políticas e riscos locais”, disse Costa, de Buenos Aires.
O banco central argentino vendeu US$ 589 milhões até agora em junho para defender o peso, ante compras de US$ 627 milhões no mesmo período do ano passado. Isso ajudou a reduzir as reservas em moeda estrangeira da instituição em cerca de US$ 3,4 bilhões este mês.
“Está muito apertado atender à acumulação de reservas exigida” pelo programa do país com o Fundo Monetário Internacional, disse Alejandro Cuadrado, chefe de estratégia cambial para a América Latina do BBVA em Nova York.
O ministério da economia argentino não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz do banco central apontou para um relatório recente que dizia que continuaria adotando políticas que aliviam as preocupações com a taxa de câmbio e a inflação.
Aqui estão os três principais fatores que pressionam o peso:
Expansão Monetária
A oferta monetária da Argentina cresce a um ritmo anual de 53%, ante 30% no início do ano, alimentando a demanda por bens e os dólares necessários para pagar por importações. A expansão do peso é um dos principais fatores que os analistas veem por trás da inflação e da depreciação cambial.

– (Bloomberg/Reprodução)
“Haverá muita expansão monetária durante o segundo semestre, fundamentalmente devido ao déficit fiscal”, disse Costa.
Exportações Agrícolas
A principal temporada de colheita da Argentina terminou e, embora normalmente as vendas ocorram logo em seguida, nesta safra os produtores estão segurando boa parte de sua soja à espera de um preço melhor. Alguns analistas não esperam que eles vendam até que haja uma desvalorização, que aumentaria a receita de exportação em pesos já que a soja é cotada em dólar.
“Os produtores continuarão segurando sua produção até que o peso caia ou os preços das commodities comecem a cair”, disse Lucrecia Colletti, líder da mesa de câmbio do Banco Provincia de Buenos Aires. “Mas vejo tudo isso como difícil se a guerra Ucrânia-Rússia continuar.”
Importações de energia
Ao mesmo tempo em que faltam dólares da soja, a Argentina deve alocar dólares para pagar pelas importações de gás depois de não atender a demanda de inverno com a produção doméstica. Isso está se tornando cada vez mais caro à medida que a guerra na Ucrânia aumenta os preços do petróleo e do gás.

– (Bloomberg/Reprodução)
“É muito difícil para o banco central acumular uma quantidade significativa de reservas” com uma lacuna tão grande entre as taxas de câmbio oficiais e o dólar blue, disse Alejandro Giacoia, economista da consultoria Econviews, com sede em Buenos Aires.
Mundo
Cúpula do G7 resultou em fracasso, diz Politico
A edição americana Politico diz que a cúpula do G7 resultou em fracasso e seus objetivos não foram alcançados.

© AFP 2022 / Kerstin Joensson
“Quando já estavam terminando as negociações, os líderes mais influentes do mundo pareciam estar falhando em todas as frentes, sendo incapazes de parar [a operação militar especial] […] o aumento descontrolado dos preços, incapazes de prevenir o derretimento da geleira Zugspitze ou mesmo pôr fim ao bloqueio de milhões de toneladas do grão ucraniano”, diz a mídia.
Mundo
Defesa russa: até 100 combatentes da unidade nazista Kraken são eliminados na região de Carcóvia
Na região de Carcóvia, foram eliminados até 100 combatentes da formação nazista Kraken, bem como dez equipamentos militares ucranianos, relatou nesta quarta-feira (29) o Ministério da Defesa russo.

© Sputnik / Aleksei Maishev
Mundo
EUA: exportações de microchips para a Rússia caem 90% e prejudicam fabricação de mísseis e tanques
As remessas mundiais de microchips para a Rússia caíram quase 90% desde que as restrições às exportações para o país foram introduzidas, deixando os fabricantes de armas no país sem suprimentos cruciais para produzir armas de precisão, como mísseis guiados e tanques, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Abrir o banco de imagens
“Desde que os controles [sanções econômicas impostas ao Kremlin] foram implementados, as exportações globais de semicondutores para a Rússia, de todas as fontes, diminuíram quase 90%, deixando as empresas russas sem os chips necessários para uma ampla variedade de produtos, incluindo armas como mísseis guiados de precisão e tanques”, afirmou Raimondo no discurso, em uma conferência realizada pelo Gabinete de Indústria e Segurança.
“A Rússia pode ser forçada a encalhar entre metade e dois terços de suas aeronaves comerciais até 2025 a fim de canibalizá-las para peças de reposição”, afirmou.
Mundo
Com apenas 1 palavra, Putin ‘fez soar o alarme’ no Pentágono, segundo The Hill
Declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre entregar sistemas Iskander-M a Minsk fez o Pentágono entrar em alerta, segundo o jornal The Hill.

© Sputnik / Mikhail Tereschenko
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