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quarta-feira, 27/08/2025

Milei fala após ser atacado com pedras na Argentina

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O presidente da Argentina, Javier Milei, se pronunciou na quarta-feira (27/8) após ser evacuado rapidamente de uma carreata em Lomas de Zamora, área metropolitana de Buenos Aires, onde pedras e garrafas foram arremessadas contra o veículo em que estava.

Em uma publicação no X, Milei responsabilizou militantes do kirchnerismo, afirmando que a oposição recorre à violência por falta de propostas.

“Após passar por Lomas de Zamora, onde os kukas lançaram pedras por não terem ideias, voltaram a usar a violência. Nos dias 7/9 e 26/10, digamos nas urnas: kirchnerismo nunca mais”, declarou.

Na postagem, o presidente compartilhou uma foto ao lado de sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e do deputado José Luis Espert, candidato nas eleições legislativas de outubro.

Confusão encerra ato

A carreata era uma atividade do partido governista La Libertad Avanza. Vídeos nas redes sociais mostraram Milei acenando para apoiadores na caçamba de uma picape antes do tumulto iniciar. Espert chegou a sair de moto sem capacete.

De acordo com o jornal Clarín, militantes opositores atacaram a comitiva com objetos, resultando em confronto com apoiadores e interrupção da atividade por segurança.

Espert contou à emissora TN que uma fotógrafa foi ferida por uma pedra. “Caminhamos vários quarteirões em paz, com alegria, e de repente pedras caíram perto do presidente”, relatou.

Reações do governo

Após o incidente, membros do governo criticaram o kirchnerismo. O ministro da Defesa, Luis Petri, chamou o ataque de “violência e retrocesso” e afirmou que “a velha política se revelou novamente”.

O secretário de Cultura, Leonardo Cifelli, classificou os agressores como “desequilibrados”. O líder do La Libertad Avanza, Sebastián Pareja, declarou que a liberdade avança ou a Argentina regressa, e que os ataques não deterão Milei e Karina.

O partido governista acusou a oposição de recorrer à violência por falta de argumentos, destacando avanços como a redução da pobreza de 52% para 31%, tirando 12 milhões de pessoas da situação de pobreza.

Momento delicado para o governo

O ataque ocorre em um período sensível para o governo de Milei. A poucos meses das eleições legislativas, a popularidade do presidente caiu e escândalos envolvendo pessoas próximas a ele vieram à tona.

Recentemente, áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência e amigo de Milei, sugerem suspeitas de corrupção em contratos de medicamentos para pessoas com deficiência, envolvendo sua irmã Karina Milei.

Além disso, outros casos prejudicaram o governo, como a polêmica criptomoeda $Libra, promovida por Milei, que causou perdas a muitos compradores, e denúncias sobre a entrada irregular de empresários ao país.

A aprovação do presidente, que chegou a mais de 50% no começo do mandato, caiu para 41% recentemente, segundo pesquisas locais, deixando as eleições legislativas de 26 de outubro incertas, equivalendo a um plebiscito sobre a política econômica atual, especialmente na disputa pelo governo da província de Buenos Aires, marcada para setembro.

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