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segunda-feira, 10/11/2025




Mike Johnson prevê votação em 36 horas para acabar com shutdown nos EUA

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O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, declarou nesta segunda-feira (10/11) sua intenção de realizar uma votação para encerrar o shutdown do governo americano — o maior da história recente do país.

Johnson informou que vai emitir um aviso formal com 36 horas de antecedência para que os membros da Câmara retornem a Washington e votem o projeto logo após a aprovação pelo Senado.

“Emitiremos um aviso oficial de 36 horas para que possamos votar rapidamente o projeto de lei orçamentária ajustado e enviá-lo para a assinatura do presidente”, disse Johnson.

Ele também mencionou que Trump está ansioso para reabrir o governo e encerrar a paralisação causada pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

O republicano solicitou celeridade ao Senado e pediu que os senadores evitem estratégias que possam atrasar a aprovação do acordo.

O plano, aprovado no domingo (9/11) no Senado, foi resultado de negociações entre oito democratas centristas e líderes republicanos após cinco semanas de debate. O acordo inclui uma medida provisória para financiar o governo até janeiro e um pacote orçamentário que contempla recursos para o Legislativo, o Departamento de Agricultura e programas para veteranos.

Se aprovado na Câmara nos próximos dias, o projeto seguirá para sanção do presidente Donald Trump, que vê a reabertura do governo como prioridade após o consenso bipartidário no Senado.

Linha do tempo da crise

A paralisação começou em 1º de outubro, após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes em diversas agências governamentais.

Em 10 de outubro, Donald Trump declarou sua intenção de demitir muitos servidores que, segundo ele, têm alinhamento com o Partido Democrata.

Apesar de uma decisão judicial ter suspendido novas demissões, o governo manteve o plano de redução de pessoal, que poderia chegar a 10 mil servidores caso o impasse se prolongasse.

Este shutdown já é o mais longo da história dos Estados Unidos, ultrapassando as paralisações ocorridas em 1995, 2013, e 2018-2019.

Subsídios da saúde permanecem incertos

O acordo, no entanto, não garante a continuidade dos créditos tributários da lei de saúde, que foi o ponto principal da disputa orçamentária.

O líder da maioria no Senado, John Thune, espera que uma votação sobre a extensão desses subsídios ocorra até o meio do próximo mês. “Estou otimista de que, após quase seis semanas de paralisação, conseguiremos finalmente encerrá-la,” afirmou.

O acordo foi negociado entre três ex-governadores — Jeanne Shaheen e Maggie Hassan, de New Hampshire, e Angus King, do Maine —, o senador Thune e a Casa Branca. Inclui a reversão das demissões de servidores federais e o pagamento retroativo dos salários suspensos durante a paralisação.




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