Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF) na tarde deste domingo (23/11), por volta das 17h, após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está detido preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Michelle obteve autorização do ministro Moraes para realizar a visita, a qual durou quase duas horas. Ao chegar e sair do local, ela acenou para os simpatizantes, mas não fez declarações nem com eles nem com a imprensa.
Bolsonaro passou por uma audiência de custódia no início da tarde e continuará detido.
Antes da saída de Michelle, um confronto ocorreu entre apoiadores e opositores do ex-presidente na entrada da PF, o que exigiu a intervenção da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Um homem abriu uma garrafa de espumante para celebrar a prisão, o que irritou os apoiadores de Bolsonaro, que o ofenderam com palavras como “maconheiro” e “filho de chocadeira”. Ele foi agredido com um soco, e para controlar a confusão, um policial militar utilizou spray de pimenta.
Pedido de prisão domiciliar
Os defensores de Bolsonaro solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que seja concedida prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente. A petição foi encaminhada ao Supremo na tarde deste domingo (23/11), acompanhada de justificativas da defesa relacionadas à violação do uso da tornozeleira eletrônica, um dos motivos que levaram à prisão preventiva do ex-chefe do Palácio do Planalto.
Os advogados explicaram que o vídeo divulgado, mostrando a tornozeleira violada, prova que não houve tentativa de rompimento do dispositivo. Além disso, argumentaram que a saúde do ex-presidente está debilitada e que ele utiliza medicamentos que afetam o sistema nervoso central.
