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quinta-feira, 11/12/2025

México aumenta tarifas de importação contra vários países

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O Senado do México decidiu aumentar as tarifas para importações vindas de doze países, incluindo China e Brasil. A votação terminou com 76 votos a favor e apenas 5 contra.

A decisão foi tomada após pressão dos Estados Unidos e o processo legislativo foi finalizado no Congresso mexicano. Além da China e Brasil, países como Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia e Taiwan também serão afetados.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado a medida, que começará a valer em 1º de janeiro de 2026, assim que for publicada pela presidente Claudia Sheinbaum.

As tarifas revisadas incidirão sobre 1.463 categorias de produtos, incluindo setores de automóveis, têxteis, roupas, plásticos, eletrodomésticos e calçados, principalmente para os produtos chineses. As taxas iniciais poderiam chegar a 50%, mas foram ajustadas para entre 20% e 35%, mantendo o percentual original apenas em alguns casos.

Embora 35 senadores tenham decidido não votar, alegando que a proposta foi feita rapidamente, sem avaliar seu impacto na inflação e pressionada pelo governo americano de Donald Trump, os defensores do governo disseram que a intenção é fortalecer a indústria mexicana, gerar empregos e ampliar as cadeias de produção locais.

O senador Juan Carlos Loera, do partido Morena, afirmou que o projeto visa fortalecer a economia nacional.

Pressões dos EUA

A proposta foi apresentada por Claudia Sheinbaum em setembro, em meio a pressões crescentes dos Estados Unidos para limitar a entrada de produtos chineses pelo México.

O México e o Canadá estão em processo de negociação para renovar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC) com os Estados Unidos, que apresentam novas exigências comerciais.

O deputado Mario Humberto Vázquez, do partido de oposição PAN, questionou se o México está formulando sua própria política comercial ou apenas respondendo aos interesses de Washington.

Claudia Sheinbaum defende que essa ação faz parte do Plano México, projetado para fortalecer o mercado interno, reduzir a dependência de importações e aumentar a produção nacional.

A China se manifestou contrária a qualquer tipo de coerção comercial e considera tomar medidas retaliatórias. O governo mexicano propôs criar um grupo de trabalho para tratar do assunto, embora detalhes desse diálogo não tenham sido revelados.

Vários setores, incluindo a Câmara de Comércio México-China, expressaram preocupação com o impacto na inflação e alertaram que desenvolver cadeias de produção nacionais exigirá tempo e investimento, conforme apontou Amapola Grijalva.

AFP

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