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domingo, 14/09/2025

Metáforas de Fux em julgamento do STF

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Em Brasília

Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou metáforas incomuns, como “girafa” e “luva”, durante seu voto na quarta-feira (10/9) para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados no julgamento relacionado à tentativa golpista.

Ao descrever os acontecimentos até 8 de janeiro de 2023, Fux utilizou a metáfora da “girafa”, inspirada pelo escritor Elio Gaspari, para mostrar a grande distância entre o plano elaborado na campanha eleitoral e os atos registrados.

“Ao comparar a trama golpista de 2022 com os eventos de 8 de janeiro de 2023, as pernas e o pescoço foram esticados, enquanto a cabeça foi encolhida. Ficou algo impressionante e até elegante, porém é como uma girafa, conforme descrito no texto ‘Uma girafa no Supremo’”, explicou o ministro.

Em outro trecho, Fux citou o jurista Evaristo de Moraes para argumentar que um ato só constitui crime quando se encaixa perfeitamente na legislação, como uma luva na mão. Essa figura também serviu para distinguir os acontecimentos de 8 de janeiro de outros delitos mencionados na denúncia.

“Para configurar um crime, os fatos precisam se ajustar perfeitamente à lei, exatamente como uma luva que se encaixa na mão”, afirmou Fux durante a leitura de seu voto.

O posicionamento do ministro causou diversas reações na esfera política, com elogios dos aliados de Bolsonaro e críticas de membros da oposição.

Depois de mais de 12 horas de debate, Fux votou pela absolvição de Jair Bolsonaro em relação a todas as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República sobre a suposta trama golpista contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A mesma decisão valeu para outros cinco réus envolvidos.

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