O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta quinta-feira (11/9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende disputar as eleições presidenciais de 2026, apesar da sentença emitida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu em frente ao condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, conforme ordem do ministro Alexandre de Moraes.
“O jogo não terminou, está apenas começando. Portanto, não tentem eliminar Bolsonaro do cenário político, pois ele está mais forte do que nunca. Essa perseguição somente reforça sua força, e o povo se sensibiliza com aqueles injustamente perseguidos”, afirmou Flávio.
Bolsonaro recebeu uma pena de 27 anos e 3 meses de reclusão, dos quais 24 anos são cumpridos inicialmente em regime fechado.
Flávio ressaltou que o grupo político de direita continuará unido em apoio ao ex-presidente e enfatizou que ele mantém papel central na política, mesmo com limitações judiciais.
“Mais do que nunca, Bolsonaro está preparado para liderar o Brasil, e a direita estará mais coesa do que nunca, pois todos reconhecem que ele tem a credibilidade junto à população para apoiar qualquer candidato”, destacou.
Flávio também comentou que a eleição de outros candidatos da oposição dependerá do suporte do ex-presidente caso ele seja impedido de concorrer diretamente.
“Todos os que colocaram seus nomes estão fazendo isso legitimamente, e sabem que sem o apoio do Bolsonaro a chance de vitória é muito baixa. A possibilidade de chegar ao segundo turno sem o apoio dele é mínima”, acrescentou.
Sentença do STF
A Primeira Turma do STF decidiu por quatro votos a um no julgamento da chamada “trama golpista”, condenando Jair Bolsonaro e seus aliados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e tentativa de desmantelar violentamente o Estado Democrático de Direito. Esta é a primeira condenação de um ex-presidente do Brasil por crimes contra a democracia.
O ministro Luiz Fux foi o único que divergiu parcialmente, não aceitando a denúncia na íntegra, enquanto os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram favoravelmente à condenação.