As bolsas europeias terminaram o dia sem uma direção clara nesta quinta-feira, 30, enquanto os investidores digerem um dia cheio de balanços financeiros, dados econômicos locais, um acordo comercial entre os EUA e a China, além das decisões dos bancos centrais da Europa (BCE) e dos Estados Unidos (Fed). A Bolsa de Londres atingiu seu melhor fechamento em seis dias consecutivos, embora ainda esteja longe do recorde intradiário alcançado no dia anterior.
Perto do fim do pregão, o índice Stoxx 600 caiu 0,1%, para 574,83 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve leve alta de 0,06%, fechando em 24.139,43 pontos. Já em Paris, o CAC 40 caiu 0,53%, para 8.157,29 pontos. A bolsa de Milão recuou 0,09%, fechando em 43.202,40 pontos. Lisboa apresentou alta de 0,73% no índice PSI 20. Em Madri, o Ibex 35 interrompeu seis dias de alta e recuou 0,68%, a 16.040,30 pontos, afastando-se de sua máxima histórica. Esses números são preliminares.
O FTSE 100 de Londres subiu 0,04%, atingindo um nível inédito de 9.760,06 pontos, impulsionado pelos ganhos de 1,4% das ações da BP, que divulgou resultados positivos no campo Bumerangue, no pré-sal brasileiro, e de 3,6% da Standard Chartered, que também apresentou resultados trimestrais.
Na esteira dos balanços, o banco francês Crédit Agricole e o Société Générale caíram cerca de 4% em Paris. A montadora alemã Volkswagen teve queda de 1,9% em Frankfurt, enquanto a italiana Stellantis recuou 8,9% em Milão. Por outro lado, a AB InBev, maior cervejaria do mundo e controladora da Ambev no Brasil, caiu 2,1% em Bruxelas.
Outras empresas que divulgaram resultados nesta quinta foram Shell, ING e Lufthansa. Após o fechamento da bolsa, é esperado o relatório do Casino, maior acionista do grupo Pão de Açúcar no Brasil.
Em Copenhague, as ações da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk caíram 3,6%, após tentar superar a oferta da Pfizer para adquirir a Metsera.
Os investidores europeus também acompanharam dados sobre o crescimento econômico da França, Portugal, Alemanha e Itália. No geral, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo, e 1,3% na comparação anual, superando as expectativas em ambos os casos. O índice de confiança econômica europeia também ficou acima das previsões, e a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,3%.
Ao manter as taxas de juros inalteradas nesta quinta, o Banco Central Europeu destacou a resistência da economia, porém a presidente Christine Lagarde alertou que os riscos para a inflação ainda não foram totalmente eliminados. Os mercados também estão ponderando a decisão do Fed de cortar os juros na véspera, embora tenha ressaltado incertezas futuras.
No campo comercial, Estados Unidos e China firmaram um acordo após reunião entre seus líderes, que prevê a redução de tarifas sobre produtos chineses e a suspensão de controles de exportação por parte de Pequim.
Estadão Conteúdo

