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segunda-feira, 29/09/2025




Mercado de trabalho está no melhor momento em 30 anos, diz Galípolo

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Em Brasília

JÚLIA MOURA
FOLHAPRESS

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ressaltou a força da economia brasileira e seus efeitos nas decisões da política monetária durante um evento do Itaú BBA nesta segunda-feira (29).

“O mercado de trabalho deve passar pelo melhor momento das últimas três décadas, mostrando grande resistência”, afirmou.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre até julho, atingindo o menor patamar desde 2012.

Uma taxa de desemprego baixa geralmente aumenta a inflação devido ao crescimento do poder de compra. Nos últimos 12 meses, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 5,13% até agosto, desacelerando em relação ao mês anterior.

Apesar disso, a inflação permanece acima do limite de 4,5% definido pela meta do Banco Central.

“Será necessário manter a taxa de juros em um nível bastante alto por um longo período. Teremos que enfrentar essas dificuldades”, disse Galípolo.

O economista reiterou a decisão do Banco Central de manter a Selic em 15% ao ano, o maior valor desde 2006, na última reunião de política monetária.

Mesmo com a taxa elevada, ela tem tido um impacto limitado no controle da inflação.

“Não existe uma solução rápida e única. É um tema que deve ser debatido publicamente. Muitas vezes, é preciso conviver com uma medida mais forte e por um tempo maior, o que o Banco Central continuará fazendo.

O Banco Central deve focar em suas responsabilidades e evitar usar justificativas externas para suas decisões”, complementou o presidente da instituição.

De acordo com Galípolo, diversos países poderiam estar enfrentando recessão se tivessem a mesma taxa de juros do Brasil, mas isso não acontece devido às reformas econômicas e à resiliência do mercado de trabalho brasileiro.

“Por isso temos enfatizado a importância da serenidade e persistência. É fundamental termos humildade para lidar com as incertezas do cenário atual. Muitos desafios foram apresentados à autoridade monetária neste ano”, concluiu Galípolo.




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