A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta segunda-feira (13), após o presidente Donald Trump mudar seu tom em relação à China. Ele havia ameaçado o país com tarifas adicionais de 100%, o que deixou os investidores inseguros.
O índice Dow Jones subiu 1,29%, o Nasdaq, que reúne empresas de tecnologia, avançou 2,29%, e o índice S&P 500 ganhou 1,56%.
Na sexta-feira passada, Donald Trump ameaçou Pequim com novos impostos sobre produtos chineses que entram nos Estados Unidos, mas depois voltou atrás e garantiu que tudo ficaria bem com a China, explicou à AFP Adam Sarhan, da empresa 50 Park Investments.
Adam Sarhan disse que essa situação já aconteceu antes: “Trump usa as tarifas, ou a possibilidade delas, como forma de negociar acordos. O mercado reage e depois se adapta.”
As ameaças abalaram os mercados financeiros, especialmente Wall Street, que teve sua maior queda em uma sessão desde abril, devido à guerra comercial dos EUA.
Segundo Adam Sarhan, o alívio visto nesta segunda-feira é moderado, já que os principais índices só recuperaram metade das perdas da semana passada.
A Casa Branca continua a aplicar novas tarifas em setores como madeira e móveis, que começarão a valer nesta terça-feira.
Se as tensões entre Washington e Pequim aumentarem, com tarifas maiores dos dois lados, isso pode sair do controle rapidamente e causar uma recessão mundial, alertou o especialista.
Enquanto isso, o mercado espera os resultados financeiros trimestrais dos grandes bancos americanos, que marcam o começo da temporada de balanços.
Jose Torres, da Interactive Brokers, ressaltou que esses resultados e as previsões futuras terão mais impacto do que de costume, porque os dados econômicos oficiais dos EUA não estão disponíveis por causa do bloqueio orçamentário.
