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quinta-feira, 18/09/2025

Menor porcentagem de gravidez na adolescência no DF

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De janeiro a setembro deste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 1.643 nascimentos de adolescentes entre 15 e 19 anos e 42 nascimentos de meninas entre 10 e 14 anos. No ano passado, esses números foram ainda maiores: 2.352 nascimentos entre jovens de 15 a 19 anos e 88 entre meninas de 10 a 14 anos. Esses dados mostram que a gravidez na adolescência ainda é um problema importante, exigindo atenção das políticas públicas de saúde e educação para preveni-la.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Distrito Federal tem a menor taxa de gravidez na adolescência do país. Em 2022, apenas 7,9% dos bebês nasceram de mães adolescentes, comparado a uma média nacional de 12,3%.

Para alertar sobre os riscos da gravidez precoce e conscientizar sobre as consequências para as jovens mães, suas famílias e o desenvolvimento dos filhos, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) promove a Semana Latino-Americana de Prevenção da Gravidez na Adolescência.

Viviane Albuquerque, responsável técnica pela Saúde da Mulher na Atenção Primária à Saúde da SES-DF, destaca que os números no Distrito Federal são próximos aos observados em países europeus, mas que há diferenças entre as regiões da capital.

“Os locais com maior índice de gravidez na adolescência são aqueles com mais pobreza e vulnerabilidade social”, analisa.

Viviane Albuquerque reforça que é fundamental tratar dos impactos que uma gravidez não planejada traz para a vida das adolescentes. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, embora as mães adolescentes sejam responsáveis por 11% dos nascimentos no mundo, elas representam 23% das doenças relacionadas à gravidez e ao parto. Além disso, o risco de natimorto entre crianças de mães adolescentes é 50% maior do que entre mães com mais de 20 anos.

Sistema de saúde do DF

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), primeiros locais de atendimento ginecológico, obstétrico e neonatal, são feitas ações para prevenir a gravidez na adolescência, especialmente pelo Programa Saúde na Escola (PSE), desenvolvido pela SES-DF em parceria com a Secretaria de Educação.

Nessas unidades, jovens têm acesso a orientações sobre saúde sexual e reprodutiva e a diversos métodos contraceptivos gratuitos, como preservativos masculinos e femininos, pílulas anticoncepcionais, injetáveis e o dispositivo intrauterino (DIU), um dos métodos mais eficazes. Adolescentes a partir de 12 anos podem buscar atendimento nas UBSs sem precisar estar acompanhadas de um responsável.

Jovens estão usando menos preservativo

Uma pesquisa da OMS publicada em 2024 revelou que jovens europeus estão usando menos camisinha. Entre 2014 e 2022, o uso diminuiu de 70% para 61% entre os meninos e de 63% para 57% entre as meninas.

No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 indicam que só 22,8% dos entrevistados usam preservativo em todas as relações sexuais, 17,1% usam às vezes e 59% nunca usam.

Para incentivar o uso do preservativo, o Ministério da Saúde começou a distribuir gratuitamente dois novos tipos de camisinha, texturizada e fina, disponíveis nas UBSs do Distrito Federal, sem necessidade de documentos ou limites de quantidade.

Com informações da Agência Brasília

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