Um objeto comum encontrado em casa virou um grave problema para a família australiana.
Millie, uma menina de 3 anos, foi colocada em coma induzido após engolir dois pequenos ímãs de alta potência. Esses ímãs ficaram presos em seu estômago e provocaram sérios danos ao seu sistema digestivo.
O incidente aconteceu no começo de julho. Os pais, Emily e Luke, levaram Millie imediatamente ao hospital após ela apresentar febre alta, vômitos verdes e queixas de dor na barriga, sintomas que pioraram rapidamente.
Com a situação agravando, os intestinos da criança começaram a apresentar falhas e ela foi transferida de avião para o Hospital Infantil de Queensland, localizado em Brisbane, a 370 km de sua residência em Bundaberg, para uma cirurgia de emergência.
No transporte, os médicos precisaram manter Millie em coma induzido, utilizando aparelhos para suporte à vida. A equipe médica alertou os pais de que os próximos dias seriam decisivos, sem garantia de recuperação.
Perigos de engolir ímãs
- Dentro do corpo, os ímãs podem se atrair, bloqueando o caminho normal para alimentos e gases no intestino, causando obstrução.
- A pressão dos ímãs pode perfurar as paredes intestinais, resultando em infecções.
- Se permanecerem por muito tempo, os ímãs podem prejudicar os tecidos, causando necrose.
- Caso a situação se agrave, o paciente pode desenvolver sepse e inflamação no revestimento abdominal, o que pode ser fatal.
Cirurgias e apoio
Durante a cirurgia inicial, os médicos removeram mais de um litro de pus e grande parte do intestino de Millie. Os ímãs provocaram danos sérios no sistema digestivo, gerando vazamento intestinal para o estômago, infecção intensa e sepse.
Nas próximas semanas, Millie passará por novas operações para reconstruir e reposicionar o intestino.
Com Millie hospitalizada em outra cidade, os pais tiveram que se afastar de casa e dos outros filhos. Para ajudá-los com os custos de viagem e alimentação, uma amiga da família, Jesika Phillips, criou uma campanha de arrecadação de fundos.
Além de cuidar de Millie, a família deseja alertar outros pais para evitar que mais crianças sofram acidentes com objetos comuns de uso doméstico, como ímãs.