O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, ordenou uma nova prisão preventiva do empresário Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS”.
Ele já está detido no Complexo da Papuda, em Brasília.
No documento divulgado, Mendonça destaca que Antônio mantinha ligações com empresas associadas ao ex-procurador do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e sua esposa, Thaísa Hoffmann Jonasson, ambos presos em operação da Polícia Federal.
Antônio foi detido anteriormente em setembro, acusado de liderar um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas do INSS.
Atuação em conjunto
De acordo com a decisão, o “Careca do INSS” atuava por meio das empresas Prospect Consultoria Empresarial Ltda. e Plural Intermediações de Negócios S.A., nas quais tinha papel de liderança.
A nova ordem de prisão considera a relação próxima e constante comunicação entre Antônio e Thaísa, mesmo após o início da operação policial, incluindo a combinação de contratos e repasses financeiros.
A Polícia Federal aponta que Antônio gerenciava várias empresas usadas para movimentar valores do casal, sem operações reais, além de emitir notas fiscais com datas retroativas e lançar ajustes contábeis para encobrir evidências.
Mendonça ressaltou que esses fatos indicam continuidade de crimes, justificando a prisão preventiva.
Esquema criminoso
O ministro enfatizou que Antônio, Virgílio e Thaísa criaram uma estrutura complexa para a prática constante de crimes, que causaram grande prejuízo à sociedade.
O grupo apropriou-se de recursos destinados aos beneficiários do INSS, causando prejuízos estimados em bilhões de reais. A utilização de empresas de fachada permite a continuidade das atividades ilegais e dificulta o acesso a novas provas.
