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segunda-feira, 10/11/2025




Melhorias nas cozinhas dos hospitais do DF trazem alimentação mais segura para pacientes

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Na semana passada, Edilson Alves deu entrada no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) com febre, náuseas e dor. O diagnóstico foi rápido: infecção urinária com complicações nos rins e bexiga. Desde então, ele faz parte dos mais de 3 mil pacientes atendidos por mês que recebem seis refeições diárias no hospital — café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.

“Hoje no almoço eu comi arroz, feijão, cenoura e carne”, disse o garçom aposentado, que recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “A comida chega quente e bem feita. Sou diabético, e aqui a alimentação é equilibrada. Sempre tem um suco diferente, já tomei de caju, uva e tamarindo. Tem muita variedade. Meu médico disse que a comida é um remédio natural, e realmente é assim.”

Na cozinha do HRSam, são preparadas diariamente cerca de 1.218 refeições. Destas, 954 são para pacientes, servidores e acompanhantes; o restante é enviado para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Samambaia e Recanto das Emas. Além disso, são feitos 306 lanches para setores internos do hospital.

Qualidade alimentar e nova estrutura

A nutricionista Rodeluzzi de Andrade, da Secretaria de Saúde (SES-DF), explica que o trabalho começa antes mesmo da comida chegar aos pacientes. “Prescrevemos a dieta para todos os internados e fiscalizamos a empresa que prepara os alimentos”, explica. “Queremos garantir que a comida chegue segura, dentro dos padrões e conforme a necessidade de cada paciente.”

Ela conta que, em outubro de 2023, a cozinha do hospital foi ampliada. O antigo refeitório foi transferido para o térreo, permitindo reorganizar os setores. “Agora, as áreas de saladas, panificação, dietas especiais e cozinha geral estão melhor separadas”, relata. “Isso facilita a limpeza, melhora o fluxo de trabalho e aumenta a segurança dos funcionários.”

Segundo Rodeluzzi, a nova estrutura permite maior controle sanitário e diminui os riscos de contaminação. “Os pacientes chegam fragilizados, com imunidade baixa, por isso a alimentação precisa ser segura e adequada. Com o novo espaço, isso ficou mais fácil de garantir.”

Recuperação com boa alimentação

A alimentação balanceada também ajuda na recuperação de Raimunda Soares. Internada há mais de um mês, ela chegou em estado grave, com pedras na vesícula e dificuldade para se movimentar. “Tem dias que como peixe, frango, carne ao molho, muitas saladas e sobremesas”, conta. “Estou comendo para conseguir sair da cama.”

Sua irmã, Francisca Pereira, percebe a melhora: “Os médicos disseram que só um milagre faria ela voltar, e isso aconteceu. Hoje ela fala, reconhece as pessoas e come sozinha. A comida aqui é saudável e variada, e isso ajudou muito na recuperação.”

Investimentos em outras unidades

Desde 2019, cinco outras unidades da Secretaria de Saúde foram reformadas para oferecer mais segurança alimentar e conforto. São os hospitais Regionais do Guará (HRGu), Ceilândia (HRC), Região Leste/Paranoá (HRL), Sobradinho (HRS) e Taguatinga (HRT) — este último ainda em obras. Essas unidades preparam entre 600 e 2.800 refeições por dia, seguindo os padrões nutricionais da SES-DF.

Os hospitais sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) também estão recebendo melhorias. O Hospital de Santa Maria (HRSM), que produz cerca de 5.200 refeições diárias, passa por reforma completa com investimento de R$ 8,2 milhões. O projeto inclui um novo refeitório, câmaras frigoríficas modernas, climatização e revestimentos de alta qualidade, com previsão de conclusão em nove meses.

Em 2023, o Hospital de Base também modernizou sua cozinha e refeitório, com investimento de R$ 675 mil. Produzindo cerca de 6 mil refeições por dia, a unidade recebeu novas câmaras frias, piso industrial, dutos de exaustão revisados e climatização, garantindo mais conforto e segurança alimentar para pacientes e profissionais.

Com informações da Agência Brasília




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