29.5 C
Brasília
sexta-feira, 03/10/2025

Melhorias da COP vão ficar para o povo de Belém, diz Lula

Brasília
céu limpo
29.5 ° C
31.1 °
29.5 °
22 %
3.1kmh
0 %
sex
29 °
sáb
31 °
dom
32 °
seg
34 °
ter
35 °

Em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta sexta-feira (3) algumas obras que estão sendo feitas em Belém (PA) para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontece no próximo mês. Essas obras incluem os canais de drenagem, o complexo cultural e de lazer do porto da cidade, e o local onde os eventos da COP30 serão realizados.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lula ressaltou que as melhorias feitas vão beneficiar a população de Belém mesmo após a conferência. Segundo ele, o governo federal está investindo quase R$ 6 bilhões na cidade.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está financiando R$ 1,5 bilhão ao governo do Pará. “Quando a COP acabar, todo dinheiro investido aqui será do povo de Belém. Isso ninguém pode tirar”, afirmou durante a visita às obras dos canais.

“A COP é um evento de no máximo 20 dias. Depois, essas obras ficarão para o povo do Pará e de Belém. Quando esses canais estiverem bem cuidados e as ruas arrumadas, mais turistas vão querer visitar a região. Melhorar a vida dos moradores de Belém significa atrair mais visitantes para a cidade e para o estado”, completou Lula.

A programação em Belém começou na quinta-feira (2), quando Lula inaugurou o Parque Linear da Doca, uma das atrações da COP30, e visitou a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Una.

No dia seguinte, a comitiva visitou as obras de macrodrenagem e urbanização do Canal da União, parte das obras já concluídas nos canais Vileta, Leal Martins e Timbó, que ajudam a reduzir alagamentos na capital paraense.

O canal inclui a retificação de 350 metros, além de instalação de redes de água e esgoto, drenagem pluvial, passarelas, uma ponte, e urbanização viária com calçadas acessíveis.

Em seguida, Lula visitou o Porto Futuro II, um complexo cultural e de lazer quase pronto que requalifica o antigo porto industrial de Belém. O projeto ocupa 50 mil metros quadrados e abriga cinco armazéns históricos que foram restaurados para receber o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural e o Porto Gastronômico.

O Museu das Amazônias contou com R$ 10 milhões em apoio técnico e financeiro do BNDES. O espaço exibe obras como Amazônia do fotógrafo Sebastião Salgado, e Ajurí, de artistas locais, criado especialmente para o museu.

O complexo representa um novo momento para Belém e a Amazônia, unindo cultura, ciência, inovação e tradição para promover o desenvolvimento sustentável e colocar a região no centro das discussões globais. Esse compromisso reforça a construção de um modelo econômico que valoriza a biodiversidade, segundo a presidência.

Sede da COP30

Nesta tarde, o presidente Lula irá vistoriar o Parque da Cidade, que sediará os eventos oficiais da COP30. O parque fica em uma área de 500 mil metros quadrados que antes era um aeroporto e foi entregue à população em julho, recebendo mais de 670 mil visitantes. Atualmente, está temporariamente fechado para a montagem da conferência.

O parque oferece o Centro de Economia Criativa, centro gastronômico, cinema, teatro, biblioteca, torre de contemplação, quadras esportivas, ciclovia e parque aquático infantil. Também possui um projeto paisagístico com milhares de árvores, plantas ornamentais e áreas gramadas. O parque integra tecnologias para ajudar no combate às mudanças climáticas, como energia solar e sistemas para coletar e reutilizar a água da chuva.

O Parque da Cidade será o principal local da COP30, incluindo as zonas Azul e Verde. A Zona Azul é onde ocorrerão as negociações oficiais, a Cúpula de Líderes e os pavilhões dos países, com acesso restrito a delegações, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada.

A Zona Verde será aberta para exposições e atividades para o público em geral. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esta área terá foco na implementação do Plano Clima, que guiará as ações do Brasil contra a crise climática até 2035.

Veja Também