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segunda-feira, 06/10/2025

Melhora do real ajuda a baixar preços de produtos, mas serviços ainda sobem

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Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, explicou nesta segunda-feira, 6, que a valorização do real nos últimos meses é uma das razões para a queda mais acentuada nos preços dos produtos em comparação aos serviços. Segundo ele, parte dessa valorização vem da queda do dólar no mundo, mas o real tem se saído melhor do que outras moedas similares.

Ele deu o exemplo do México, que não teve uma queda forte na sua moeda como o Brasil teve no último trimestre do ano passado. Este ano, o real tem se valorizado mais que outras moedas parecidas em média. Essa melhora na moeda ajuda a explicar porque os preços dos produtos estão caindo mais rápido, enquanto os serviços ainda têm uma redução lenta nos preços.

Gabriel Galípolo também falou sobre um indicador chamado “índice de mal-estar”, que junta o desemprego e a inflação. Este índice deve fechar 2025 no melhor nível da série histórica, mostrando uma sensação geral de bem-estar, com desemprego baixo e inflação abaixo de 5% ao final do ano.

Crédito

O presidente do Banco Central comentou que, devido aos juros altos, espera-se que o crédito concedido no país desacelere. “O crédito, que é o principal meio de atuação da política monetária, deve diminuir com o aumento da taxa de juros”, explicou.

Ele ressaltou que a maior queda no crédito deve acontecer para os beneficiários do INSS, que agora precisam fazer cadastro biométrico para conseguir empréstimos. “Essa queda no crédito já era esperada por causa da política monetária, mas também tem relação com mudanças nas regras”, disse.

Quanto ao crédito para empresas, Galípolo apontou uma queda de 15% nas operações de “risco-sacado” no trimestre encerrado em julho, afetadas por mudanças na tributação do IOF.

Sobre a economia em geral, o presidente do Banco Central destacou que ela está mostrando resistência, embora com alguns sinais de desaceleração. Ele mencionou que o investimento fixo (Formação Bruta de Capital Fixo) permaneceu estável desde o terceiro trimestre de 2024, se desconsiderada a importação pontual de uma plataforma de petróleo no início do ano. “É importante olhar esses números para entender o que é passagem temporária e o que é tendência”, afirmou.

Assim, Gabriel Galípolo espera que o ritmo de crescimento da economia diminua aos poucos no futuro.

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