O cardiologista Brasil Ramos Caiado esteve na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília na tarde desta quarta-feira (3/12). Ele compareceu ao local após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedida na terça-feira (2/12), para prestar atendimento médico ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está detido por tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro cumpre uma pena de 27 anos e 3 meses decorrente da condenação pelo esquema golpista. A defesa havia solicitado permissão para que dois profissionais da saúde acompanhassem o ex-presidente durante a detenção: o próprio cardiologista e o fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas.
O ministro Moraes autorizou parcialmente o pedido. Ele frisou que médicos devidamente registrados podem visitar a cela sem necessidade de aviso prévio, desde que cumpram as normas estabelecidas pela Justiça e pela Polícia Federal. Ressaltou ainda que esse atendimento deve seguir as determinações legais vigentes.
Já a entrada do fisioterapeuta não foi aprovada no momento. Conforme a decisão, esse tipo de atendimento só poderá acontecer mediante indicação médica específica e autorização prévia do juízo responsável pelo caso.
“A realização de fisioterapia, quando houver indicação médica específica, deverá ser previamente autorizada pelo juízo e agendada em conformidade com as regras da superintendência da Polícia Federal”, declarou o ministro Moraes.
No pedido apresentado na segunda-feira (1º/12), os advogados de Bolsonaro argumentaram que a presença dos especialistas é essencial para garantir a continuidade do acompanhamento médico do ex-presidente.

