O médico de Jair Bolsonaro (PL) explicou para jornalistas nesta quinta-feira (25/12), em Brasília, os detalhes da cirurgia realizada no ex-presidente pela manhã e não descartou a possibilidade de um novo procedimento em breve.
“Estamos aplicando um tratamento mais eficiente, e vamos acompanhar a evolução dele, observando a redução dos sintomas. Isso é importante porque os sintomas são preocupantes e difíceis de lidar”, explicou o cirurgião Cláudio Birolini.
Bolsonaro passou por uma cirurgia para corrigir duas hérnias inguinais no Hospital DF Star, em Brasília, na manhã desta quinta-feira. O procedimento foi um sucesso e ocorreu sem complicações.
“A operação aconteceu sem intercorrências, ele recebeu anestesia geral, já está acordado e no quarto. Agora, na fase inicial da recuperação, ele deve se alimentar normalmente e nos próximos dias os cuidados serão focados em controlar náuseas, fisioterapia e prevenção de trombose”, afirmou o médico sobre a recuperação do ex-presidente.
Espera-se que Bolsonaro permaneça no hospital até segunda-feira (29/12), quando passará por nova avaliação médica.
O ex-chefe do Planalto realizou o procedimento um dia após ter recebido autorização para deixar a Superintendência da Polícia Federal, onde estava preso, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Flávio Bolsonaro é indicado como sucessor
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) leu uma carta escrita pelo pai pouco antes da cirurgia, na qual o ex-presidente o aponta como seu sucessor. Na carta, Bolsonaro também fala sobre sua condição de saúde.
“Durante minha vida enfrentei muitas dificuldades, pagando um preço alto com minha saúde e família, para defender o que acredito ser o melhor para o Brasil”, inicia o texto, que foi lido por Flávio para a imprensa. “Diante das injustiças enfrentadas, e com o compromisso de não deixar a vontade do povo ser calada, decido indicar Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência da República em 2026”, continua.
Ele ainda conclui: “Confio o que há de mais valioso na vida de um pai: meu filho, para manter viva a esperança do nosso Brasil. Acredito em uma decisão consciente, legítima e baseada no desejo de preservar a representatividade de quem confiou em mim.”
