A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou uma cerimônia para entregar a Medalha Cruz de Sangue, que reconhece os policiais que sofreram ferimentos enquanto desempenhavam suas funções. Essa homenagem valoriza aqueles que foram agredidos injustamente, se destacaram por bravura ou sofreram acidentes relacionados ao trabalho.
Nesta ocasião, foram premiados policiais que enfrentaram situações difíceis, como agressões físicas, acidentes e lesões durante o trabalho de contenção de suspeitos. A medalha é concedida em três categorias: incapacidade temporária, incapacidade permanente e post mortem, reafirmando o compromisso da PMDF em valorizar o empenho e o sacrifício de seus membros.
Coragem e compromisso
A cerimônia ressaltou a coragem e o dever dos policiais que se feriram, alguns com consequências graves, mas sempre na defesa da comunidade. O sacrifício maior foi do soldado Yago Monteiro Fidelis, que recebeu a medalha post mortem após ser baleado em uma ocorrência no Recanto das Emas. Durante a mesma ação, o primeiro-sargento Diogo Carneiro dos Santos sofreu uma perfuração no tímpano por causa de um disparo de arma de fogo, evidenciando a intensidade do confronto.
Outros militares também mostraram grande esforço em situações de agressão. O subtenente Jucelino de Paula e Silva fraturou o pé ao conter um agressor em um caso relacionado à Lei Maria da Penha. De forma parecida, o segundo-sargento Augusto Cezar Pereira Pedra machucou o pé ao ser chutado por uma pessoa que resistia à prisão em um bloqueio de trânsito.
A dedicação ao serviço público também ficou clara em outros episódios. A soldado Jéssica Lorrayne Mares da Silva foi atingida no braço por um tiro disparado por um agressor que conseguiu pegar a arma de um policial durante uma luta.
Desafios constantes
O segundo-sargento Robson Ferreira dos Santos machucou o braço ao tentar desarmar um suspeito dentro de um ônibus. O primeiro-sargento Daniel Matos lesionou o bíceps após cair durante a contenção de um aluno agressivo armado com uma faca em uma escola.
Em acidentes de serviço, o primeiro-sargento Edilson Sousa Azevedo sofreu lesões graves após cair da moto durante perseguição a um carro suspeito que o atingiu. O soldado Leonardo Lopes Valentim foi atropelado e ficou com escoriações e luxações enquanto evitava que um veículo em fuga escapasse da Academia de Polícia Militar.
O risco biológico e agressões diretas também foram reconhecidos. O soldado Pedro Henrique Costa Bezerra teve lesões nas mãos após conter um suspeito soropositivo, recebendo tratamento preventivo. A soldado Raíssa Cunha foi mordida enquanto algemava uma detida que resistia.
Esses relatos demonstram o alto custo da segurança pública e a dedicação constante dos policiais militares da PMDF. A cerimônia reforçou o respeito e a gratidão aos profissionais que enfrentam perigos diariamente para proteger a sociedade, destacando os valores de coragem, honra e responsabilidade que definem a corporação.
Informações fornecidas pela Polícia Militar do Distrito Federal.