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quarta-feira, 31/12/2025

Mec cria programa para melhorar ensino técnico

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Em Brasília

O Ministério da Educação (MEC) lançou uma nova portaria que regulamenta o Programa Juros por Educação, publicado no Diário Oficial da União.

Este programa permite que os estados reduzam os juros de suas dívidas com a União ao investir em aumentar o número de matrículas na educação profissional e tecnológica (EPT) de nível médio e melhorar a infraestrutura dos cursos técnicos.

Objetivo

O programa busca aumentar a produtividade e abrir novas oportunidades de trabalho, ampliando as matrículas na educação técnica nos estados, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE).

O programa atende estudantes do ensino médio integrado à EPT, jovens que já terminaram o ensino médio e querem fazer curso técnico, e alunos da educação de jovens e adultos (EJA) na modalidade integrada.

Metas

Depois de acordar os valores para investimento, os estados e o Distrito Federal definirão junto ao MEC metas anuais para aumentar o número de matrículas.

As metas são definidas com base no déficit de matrículas de cada estado, considerando a população segundo o Censo Demográfico de 2022, do IBGE.

Só serão consideradas as matrículas nas redes estaduais de Educação Profissional e Tecnológica.

Será contado apenas o número de matrículas feitas após o estado aderir ao programa, e é obrigatório registrar a frequência dos alunos para validar os dados.

Se o estado não atingir a meta em um ano, o saldo será transferido para os anos seguintes.

Investimentos

Os estados devem aplicar no mínimo 60% dos recursos economizados com a dívida federal no ensino técnico. Em casos especiais, esse percentual pode cair para 30%.

Os recursos podem ser usados para:

  • capital: construção e ampliação de escolas técnicas, compra de equipamentos e tecnologia;
  • custeio: pagamento de pessoal, material didático, bolsas para alunos e capacitação de professores.

Plano de Aplicação

Os estados devem enviar anualmente um Plano de Aplicação detalhando onde e como o dinheiro será investido, incluindo cronograma e locais de aplicação.

O plano deve ser entregue em até 30 dias após a adesão ao programa.

Transparência

Os estados publicarão relatórios semestrais e um relatório anual ao MEC.

As matrículas e planos de aplicação devem ser registrados e validados no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec).

Parcerias

Os estados podem oferecer os cursos diretamente ou em parceria com outras instituições, como o Sistema S e escolas privadas, mas a responsabilidade pela qualidade continua com o estado.

Juros por Educação

Este programa faz parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), instituído pela Lei Complementar nº 212/2025, que permite aos estados renegociar suas dívidas e investir em áreas estratégicas como a educação profissional e tecnológica de nível médio.

As metas coincidem com aquelas definidas no Plano Nacional de Educação para a educação profissional.

Com esta iniciativa, o governo federal quer preparar jovens para o mercado de trabalho e promover a inclusão social e econômica por meio da educação.

*Com informações da Agência Brasil

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