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quarta-feira, 27/08/2025

Mauro Vieira conversa com chanceler da Venezuela sobre tensão na região

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, manteve uma conversa com o chanceler da Venezuela, Yván Gil Pinto, para tratar da crescente pressão dos Estados Unidos sobre a América Latina e Caribe. O diálogo ocorreu na quarta-feira (27/8) por meio de uma chamada telefônica.

Em comunicado, o chanceler venezuelano detalhou os “planos de agressão que a Venezuela e toda a América Latina e Caribe enfrentam, incluindo a presença de navios militares norte-americanos e até um submarino nuclear”.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, ambas as partes concordaram que essas hostilidades precisam ser interrompidas imediatamente.

Nos últimos dias, a movimentação em torno da Venezuela aumentou após o governo dos Estados Unidos intensificar a pressão contra o governo chavista. Para a administração Donald Trump, Maduro é o líder do cartel de Los Soles, grupo classificado por Washington como uma organização terrorista no contexto das novas políticas externas dos EUA.

Essa reclassificação amplia as possibilidades para que os Estados Unidos possam conduzir operações militares em outros países contra esses cartéis.

Mauro Vieira, conforme comunicado da diplomacia venezuelana, compartilhou os desafios enfrentados pelo Brasil diante da “guerra tarifária” imposta pelos Estados Unidos. Até o presente momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não emitiu pronunciamento sobre essa conversa.

O chanceler venezuelano destacou: “O chanceler Vieira me relatou as dificuldades que o Brasil enfrenta em razão de medidas e disputas tarifárias aplicadas com objetivos políticos. Trata-se de uma forma injustificada de agressão que não contribui para a paz e a cooperação que defendemos na América Latina e no Caribe”.

Esse foi o segundo contato entre Mauro Vieira e Yván Gil Pinto em uma semana. No dia 21 de agosto, eles já haviam se reunido bilateralmente na Colômbia, durante a cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

A nova conversa ocorre em meio a informações de que os Estados Unidos planejam enviar mais duas embarcações militares para a área próxima à Venezuela, entre elas o submarino nuclear de ataque rápido USS Newport News.

Espera-se que essa frota se una a outras três embarcações americanas que se dirigem à região sob a justificativa de combate ao tráfico internacional de drogas.

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