Durante uma mobilização dos EUA na América Latina, fuzileiros navais americanos participaram de treinamento com drones de ataque, informou o Comando Sul dos EUA (Southcom) em 10 de dezembro.
Os exercícios, realizados entre 15 e 25 de novembro, envolveram a 22ª Unidade Expedicionária dos Fuzileiros Navais dos EUA no campo de treinamento Camp Santiago, em Porto Rico.
Segundo o Southcom, os militares operaram o sistema Archer, da empresa Neros. Esses drones são pilotados via óculos que transmitem vídeo em tempo real usando o sistema Visão em Primeira Pessoa (FPV).
Os drones transportam até 2 kg de explosivos e têm alcance de cerca de 20 km. Eles já foram enviados à Ucrânia, onde se tornaram essenciais desde o conflito com a Rússia. Em fevereiro, a Neros fechou contrato para entregar 6 mil Archers às forças ucranianas lideradas por Volodymyr Zelensky.
Operação na região
Os exercícios acontecem em meio a uma crise no Caribe iniciada em agosto, quando o então presidente Donald Trump enviou navios de guerra à América Latina contra grupos ligados ao tráfico de drogas.
Essa frota foi apoiada por caças F-35, um submarino nuclear e o porta-aviões USS Gerald R. Ford. Até agora, 23 embarcações foram bombardeadas no Caribe e Pacífico, embora não haja provas divulgadas que as liguem ao tráfico.
Trump também elevou ameaças contra Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, apontado como líder do cartel Los Soles, designado recentemente como organização terrorista pelo governo americano.
Em entrevista ao site Politico em 9 de dezembro, Donald Trump afirmou que o mandato de Nicolás Maduro está próximo do fim, com possíveis operações terrestres sendo discutidas por Washington.