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quarta-feira, 19/11/2025




Marines dos EUA realizam treino para possível ação militar no Caribe

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Mesmo com Donald Trump e Nicolás Maduro mencionando a possibilidade de diálogo para resolver a crise no Caribe, forças militares dos Estados Unidos continuam a realizar exercícios que indicam uma possível operação na região.

Atividade militar dos EUA no Caribe

Desde agosto, o governo de Donald Trump iniciou uma presença militar significativa no Caribe. Diversos recursos, incluindo navios de guerra, caças F-35, fuzileiros navais e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, foram deslocados para a região.

Os EUA afirmam que esta mobilização visa combater o tráfico de drogas que atravessa o Caribe. Paralelamente, houve uma mudança nas políticas de combate a esses grupos criminosos, tratando alguns cartéis como organizações terroristas.

Essa alteração permite a realização de operações militares em outros países sob a justificativa de combater o terrorismo. Um dos alvos é o cartel de Los Soles, ao qual Donald Trump acusa o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de liderar.

Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que classificará o Los Soles como organização terrorista internacional, o que poderá justificar futuras ações contra a Venezuela.

Até o momento, os EUA realizaram 21 ataques contra embarcações suspeitas de transportar drogas nas águas do Caribe e do Oceano Pacífico, embora ainda não tenham apresentado provas concretas.

Exercícios militares e treinamentos

As atividades de treinamento dos EUA na América Latina aumentaram desde o início do mês, sendo frequentemente divulgadas pelo Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM), que é responsável por operações na América Central, América do Sul e Caribe.

Esses treinamentos incluem guerra na selva, desembarque de tropas, exercícios com tiros reais, voos de caças, reabastecimento aéreo, atendimento a feridos e infiltrações. A maior parte das ações conta com a participação da 22ª Unidade Expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, ou “marines”, no campo de treinamento Camp Santiago, em Porto Rico.

Devido ao aumento da atividade militar, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitiu um aviso de segurança até fevereiro de 2026 para a região de San Juan, capital de Porto Rico.

Exercícios conjuntos com países da região

Além dos treinamentos locais, foram realizados exercícios militares conjuntos em países como Chile, Equador e Panamá desde setembro. No Panamá, cerca de 1400 km da Venezuela, o foco foi preparar militares para operações de sobrevivência em ambientes de selva.

Também houve um exercício em Trinidad e Tobago, entre os dias 16 e 21 de novembro.

Operação Lança do Sul

Enquanto os militares treinam no Caribe, o governo de Donald Trump anunciou a Operação Lança do Sul, liderada pelo SOUTHCOM. Essa missão tem como objetivo proteger o hemisfério ocidental contra o narcotráfico.

Pete Hegseth, chefe do Pentágono, declarou que o presidente Donald Trump ordenou a ação e que a missão remove narcotraficantes do hemisfério e protege contra a entrada de drogas nos Estados Unidos.

Até o momento, o Departamento de Guerra dos EUA não divulgou mais detalhes sobre essa operação.




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