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segunda-feira, 10/11/2025




Marco Rubio não aplaude fala de Lula na ONU

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Nova York — O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, não demonstrou aprovação ao término do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira (23/9).

O discurso do presidente brasileiro foi marcado por fortes críticas aos “ataques sem precedentes” contra instituições do Brasil. Na segunda-feira, quando a representação brasileira já estava em Nova York para a ONU, o governo Trump expandiu as sanções como retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

“Mesmo enfrentando um ataque sem precedentes, o Brasil escolheu resistir e proteger sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo, após duas décadas de regimes autoritários. Não há justificativa para medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e economia”, destacou Lula.

Os Estados Unidos incluíram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, e cancelaram vistos de diversas autoridades, como o advogado-geral da União, Jorge Messias.

No dia da condenação de Bolsonaro, Rubio declarou que os Estados Unidos reagiriam à decisão judicial e mencionou uma “caça às bruxas”. Após as recentes sanções, o chanceler norte-americano afirmou que a ação serve como um “alerta” para aqueles que “ameacem os interesses dos Estados Unidos protegendo e auxiliando agentes como Moraes”.

Em sua fala, Lula defendeu a decisão do STF de condenar Bolsonaro e ressaltou que ele foi “investigado, julgado e responsabilizado por seus atos em um processo cuidadoso”.

“Pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentado contra o Estado Democrático de Direito. Foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado de maneira detalhada”, reforçou Lula.

Além de Rubio, estiveram presentes ao discurso do líder petista o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz. Bessent manifestou aprovação ao final, porém Waltz não demonstrou reação similar.

Lula também abordou temas sensíveis para Rubio. O presidente brasileiro qualificou como “inadmissível” a classificação de Cuba como um país que “patrocina o terrorismo”. Rubio, descendente de imigrantes cubanos, tem defendido medidas contra o governo cubano, incluindo o cancelamento de vistos para autoridades associadas ao programa Mais Médicos, abrangendo familiares do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.




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