O Brasil teve 17.086 novos casos de coronavírus e 589 mortes nas últimas 24h, levando o total para 867.882 casos e 43.389 mortos
A exemplo do que aconteceu em São Paulo e no Rio de Janeiro nos últimos dias, onde grandes aglomerações foram vistas em ruas e praias com a retomada das atividades, todo o setor lojista maranhense tem permissão para reabrir nesta segunda-feira, 15, desde que respeite as regras sanitárias para o combate da disseminação do novo coronavírus.
É mais uma mostra do desafio das cidades brasileiras de retomar as atividades com a pandemia ainda avançando em muitas regiões. Manaus, uma das cidades mais afetadas, reabre restaurantes hoje, com 50% da capacidade. Mas Belo Horizonte desistiu de reabrir shoppings, e Curitiba vai fechar academias. O Brasil teve 17.086 novos casos de coronavírus e 589 mortes nas últimas 24h, levando o total para 867.882 casos e 43.389 mortos.
No Maranhão, parte do comércio já podia abrir, mas a liberação ainda não contemplava lojas de rua e de shoppings. A portaria publicada pelo governo estadual exige o uso de máscaras no interior dos estabelecimentos, que não poderá atingir mais do que 30% da capacidade, e determina que os segmentos se alternem em horários de funcionamento. Os lojistas também terão de higienizar constantemente as mãos, os produtos e os ambientes.
No caso de lanchonetes, bares e restaurantes, continua valendo a proibição do consumo no local. Praças de alimentação, cinemas, áreas infantis e academias de ginástica seguem proibidos de abrir.
O movimento vem em meio a críticas de especialistas e temores de que uma nova onda de contágios já esteja em plena formação no estado, onde ainda existe 88% de subnotificação, segundo o professor doutor Antônio Augusto Moura, epidemiologista da Universidade Federal do Maranhão.
Na quinta-feira, o Maranhão ultrapassou os 55.000 casos do novo coronavírus depois de registrar 2.172 novas infecções em 24 horas, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde coletadas pelo G1. Segundo o boletim, há 24.802 casos atualmente no estado. Em número de confirmações, Maranhão só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará.
Assim como os governadores de SP e do Rio, Flávio Dino, do Maranhão, se apoia na existência de uma sobra na ocupação de leitos da rede estadual exclusivos para pacientes com covid-19. Vale ressaltar que o decreto de abertura não proíbe que os prefeitos editem regras mais rígidas nos municípios, de acordo com a análise da evolução da doença.
No Brasil, o Maranhão foi um dos primeiros a decretar lookdown (fechamento total das atividades), na região metropolitana da capital São Luís, no início de maio. Na época, o estado registrava 4.227 casos e a taxa de ocupação de leitos estaduais de UTI para tratamento atingiu o limite.
Outro estado que corre o risco de uma segunda onda é o Ceará. O estado tem colhido os efeitos de um bloqueio precoce, iniciado em 21 de março. Foram contabilizados até o dia 14 de junho 76.833 casos e 4.885 mortes. Os novos registros, porém, estão no menor patamar desde o início de maio.
Em Fortaleza, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o pico da pandemia foi superado, com uma concentração de casos em abril e maio. Na capital cearense, a reabertura do comércio começou na segunda-feira (8), com a permissão para que as lojas de rua e os shoppings voltassem a funcionar.
Assim como em todas as cidades que permitiram a retomada do comércio, os efeitos da reabertura em Fortaleza somente poderão ser mensurados com exatidão na próxima semana. Se os números se mantiverem estáveis, aí sim, a capital cearense poderá comemorar.