Mansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira vai a leilão pela segunda vez em São Paulo.
A venda do imóvel é a esperança para mais de dois mil credores que estão há 12 anos tentando recuperar o que perderam com a falência do Banco Santos.
Finalizada em 2004, a casa foi projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake e ocupa a área de 4,1 mil metros quadrados.
A mansão, situada no bairro do Morumbi, tem duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, 34 banheiros, uma adega para mais de cinco mil garrafas de vinho, uma sala de jantar decorada com um painel que tem folhas de ouro e uma mesa de jantar de dez metros de comprimento, que veio direto da Inglaterra.
O lance inicial do imóvel é de R$ 78 milhões.
No primeiro leilão, não houve interessados, mas o leiloeiro oficial, Renato Moysés afirmou que para a segunda edição já apareceram algumas pessoas. Ele explicou que quem arrematar o imóvel não arcará com dívidas antigas.
Além da mansão, serão leiloados outros quatro lotes na Marginal Pinheiros, do ex-banqueiro.
Em 2005, o Banco Central decretou a falência do Banco Santos, que tinha um rombo de quase R$ 3 bilhões.
Na época, Edemar Cid Ferreira e o filho foram presos condenados por crimes financeiros, mas meses depois foram soltos por decisão do Supremo Tribunal Federal.