Durante uma mobilização no 7 de Setembro, manifestantes apoiadores de Bolsonaro levaram uma enorme bandeira dos Estados Unidos (EUA) para a Avenida Paulista, em São Paulo (SP), neste sábado (7/9).
Em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está vivendo nos EUA desde março, afirmou que a bandeira representa um “protesto em defesa da liberdade”, direcionado contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ser um “reconhecimento” ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Representantes do governo criticaram a ação da oposição. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), comentou sobre o evento: “Observem o tamanho da bandeira dos Estados Unidos na Avenida Paulista. Eles não deveriam sair às ruas no dia 7 de Setembro. Essa data pertence a nós, brasileiros”.
O líder governista na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), compartilhou imagens comparando a bandeira brasileira no desfile cívico-militar em Brasília com a bandeira americana na Paulista, dizendo: “Veja quanta diferença! Eles mudaram de lado! São americanos e traidores da pátria. Nós representamos o Brasil Soberano”.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), também expressou oposição ao uso da bandeira dos EUA na Paulista. “Esta é a nossa distinção em relação aos apoiadores de Bolsonaro: prestamos reverência à bandeira brasileira. Valorizamos os símbolos do Brasil e de seu povo. Em plena celebração do 7 de setembro, os partidários de Jair Bolsonaro carregam, em um protesto por anistia, a bandeira dos EUA, país que tem aplicado tarifas elevadas e sanções contra o Brasil”, declarou.