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domingo, 07/09/2025

Manifestantes pedem prisão de Bolsonaro e rejeitam anistia em ato em São Paulo

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KARINA MATIAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Nesta manhã de domingo (7), manifestantes se reuniram na Praça da República, em São Paulo, para protestar contra a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe em 2022. Eles exibiram bonecos infláveis representando o ex-presidente Jair Bolsonaro como presidiário e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O evento, chamado ‘Grito dos Excluídos’, foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que engloba grupos como MST e MTST, além do Fórum das Centrais Sindicais, que reúne os principais sindicatos do país.

As roupas e cartazes vermelhos predominam, simbolizando os movimentos de esquerda, mas há também bandeiras do Brasil e trajes nas cores verde e amarelo, numa tentativa de se diferenciar dos apoiadores de Bolsonaro, que farão uma manifestação separada na Avenida Paulista mais tarde.

Os presentes pedem o fim da escala 6×1 no trabalho e exibem mensagens como ‘Brasil soberano’ e ‘O Brasil é dos brasileiros’, criticando tarifas impostas por Trump.

Centrais sindicais e grupos de esquerda realizam o ato em defesa da soberania nacional e buscam mobilizar ativistas às ruas durante o julgamento do caso da tentativa golpista no Supremo Tribunal Federal.

O ato conta com a presença de ministros e aliados do governo do presidente Lula, do PT, e serve como contraponto às manifestações bolsonaristas previstas para a tarde. Há 20 anos, o ‘Grito dos Excluídos’ é organizado por frentes sociais.

Desde que Bolsonaro passou a usar os desfiles de 7 de Setembro como instrumento político, o evento associado à esquerda também assumiu um caráter de oposição ao bolsonarismo.

Na noite de sábado (6), em um discurso nacional, o presidente Lula defendeu a soberania e enviou mensagens a seu antecessor e ao presidente dos EUA, Donald Trump.

O governo federal tem adotado a bandeira da soberania em resposta às ações de Trump, que incluiu uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções contra autoridades do Brasil, justificadas pelo julgamento de Bolsonaro.

‘Não somos e nunca seremos colônia de ninguém. Podemos governar e cuidar do nosso país e do nosso povo, sem interferência externa’, afirmou Lula.

Ele destacou que o Brasil mantém relações amistosas com todos os países, mas não aceita ordens de nenhum governo estrangeiro. ‘O Brasil pertence ao povo brasileiro’, ressaltou.

A organização do ato reúne a Frente Povo Sem Medo, incluindo movimentos como MST e MTST, e o Fórum das Centrais Sindicais, que engloba os principais sindicatos do país.

Confirmaram presença o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, e deputados federais da base de Lula, como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP). Também é esperada a presença do secretário-geral da Presidência da República, Marcio Macêdo.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) não divulgou números de participantes, mas afirmou que os sindicalistas defendem pautas como soberania, isenção de Imposto de Renda para salários até R$ 5.000, taxação dos muito ricos, fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho sem perda de salário e oposição ao uso excessivo do poder político.

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