Desde o começo de junho, os registros do novo coronavírus na capital do Amazonas caíram pela metade, mas cientistas pedem cautela em reabertura econômica
Depois de 71 dias em funcionamento, a prefeitura de Manaus decidiu fechar o hospital de campanha que foi construído para atender pacientes com covid-19. Na terça-feira, 23, a última pessoa internada recebeu alta.
O prefeito da capital de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse, em publicação no Twitter, que 757 pacientes foram atendidos no hospital. Destes, 81% saíram curados.
Em abril, a unidade foi montada às pressas, em apenas quatro dias, depois que os casos de coronavírus explodiram em Manaus. O objetivo era desafogar o sistema de saúde da capital do Amazonas e evitar um colapso.
No pico da pandemia na cidade, no fim de maio, foram registrados 4 mil novos casos confirmados em sete dias. Este número caiu pela metade, na semana passada, chegando a 2.002 novas testes positivos para covid-19.
O prédio de uma escola infantil foi transformado em um hospital com 180 leitos, incluindo 39 de UTI. De acordo com o prefeito, o prédio voltará a funcionar como escola.
No último boletim divulgado pela prefeitura, a cidade tem 25.710 casos confirmados e mais de 1.700 mortes. Estão internadas com teste positivo para o coronavírus 310 pessoas.
Temor da 2ª onda
Apesar da queda nos casos, estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) alerta para o risco de um novo pico da contaminação pela covid-19 nos meses de julho ou agosto por conta, principalmente, da reabertura gradual do comércio em Manaus, em processo de implementação desde o começo do mês.
A equipe trabalha com elaboração de um estudo completo que deverá ser divulgado nas próximas semanas.