O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de outubro, mulheres entre 50 e 74 anos poderão fazer mamografias pelo SUS para detectar o câncer de mama mais cedo. Antes, esse exame era recomendado até os 69 anos.
Mesmo sem sintomas, essas mulheres serão convidadas a fazer o exame a cada dois anos para prevenção. Essa mudança segue orientações da OPAS e da OMS que apoiam ampliar o acesso para melhorar o diagnóstico e tratamento.
Mulheres de 40 a 49 anos também terão direito à mamografia, mas sem uma frequência definida. As regras antigas que dificultavam o acesso foram canceladas, e agora é o profissional da saúde quem explica os prós e contras, cabendo à paciente decidir.
No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres e a principal causa de mortes por câncer. Em 2022, foram quase 19 mil mortes, com a maioria concentrada no Sudeste.
No mesmo ano, surgiram mais de 37 mil casos novos, principalmente entre mulheres de 40 a 69 anos, mas também em idades mais jovens e mais velhas.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde, destacou que a campanha Outubro Rosa no SUS será a mais forte já feita e que o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer no Brasil hoje.
Padilha ressaltou a importância da saúde integral da mulher como uma grande prioridade para o SUS, dado o papel das mulheres na sociedade e na saúde pública.
Novos medicamentos e serviços no SUS
Além da ampliação do exame, o SUS vai oferecer novos tratamentos a partir de outubro, conforme o novo Protocolo Clínico para o câncer de mama, que busca melhorar o tratamento e a cura.
O ministério também liberou quase 18 milhões de reais para o programa “Agora tem Especialistas”, que usa carretas móveis para levar consultas e exames para a população, ajudando a reduzir o tempo de espera no SUS.
Essas carretas têm capacidade para atender até 120 mil pessoas por mês, oferecendo consultas, teleconsultas, terapias e exames essenciais como mamografia e biópsia.
Estadão Conteúdo