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terça-feira, 19/08/2025

Malafaia: evangélicos de direita vão atuar forte nas eleições para o Senado em 2026

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Em uma entrevista concedida à jornalista Natália André no programa Acorda Metrópoles, transmitido na terça-feira (19/8), o pastor Silas Malafaia revelou que os evangélicos de direita planejam uma ação intensa nas eleições para o Senado em 2026.

Quando questionado sobre quem o grupo pretende apoiar para substituir Jair Bolsonaro, Malafaia declarou que nenhum líder de destaque desse segmento apoia forças de esquerda. Entretanto, ele ressaltou que ainda é cedo para discutir o substituto de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026 e criticou governadores que permanecem em silêncio, à espera de aproveitar benefícios do seu mandato.

“Mas podemos garantir que vamos atuar de forma determinada na escolha de dois senadores por estado. Isso terá uma importância significativa para nós”, frisou Malafaia.

No decorrer da entrevista, o pastor descartou a possibilidade de concorrer nas eleições de 2026, ressaltando que seu papel é influenciar as decisões políticas.

Lula, já condenado e preso, anunciou um dia antes do fim do prazo de candidatura o nome de Haddad. Por que Bolsonaro, que ainda não foi julgado, com muitas situações em aberto, teria que declarar agora seu substituto? Vou esperar o momento certo para me posicionar após entender bem o cenário”, explicou.

Malafaia tem se destacado como um dos principais defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro e também daqueles investigados e detidos por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Recentemente, no dia 3 deste mês, o pastor organizou manifestações em seu apoio.

Investigação da Polícia Federal

Sobre a inclusão de seu nome em um inquérito da Polícia Federal que investiga ações do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para interferir no andamento de investigações relacionadas a um suposto golpe no Brasil, Silas Malafaia comentou que essa informação deve chegar ao presidente norte-americano através de líderes religiosos, o que poderia trazer consequências negativas para o Brasil, para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para o ministro Alexandre de Moraes.

“Certamente o presidente Trump ficará ciente do que está acontecendo comigo. Muitos pastores que têm contato com Trump visitam o Brasil e estão informados dos acontecimentos. Ao ouvirem que um dos maiores líderes evangélicos brasileiros foi incluído nesse inquérito, não será algo favorável para o Brasil, para o STF ou para Alexandre de Moraes”, declarou.

Ele destacou que nos Estados Unidos, um país com forte presença evangélica, líderes religiosos gozam de grande respeito e não são facilmente alvos em contextos políticos. Quando uma autoridade religiosa expressa suas opiniões, isso é considerado um assunto sério e delicado.

O inquérito que inclui o nome de Silas Malafaia foi instaurado por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação visa apurar as ações do deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA, buscando descobrir eventuais esforços para pressionar autoridades brasileiras a se tornarem alvos de sanções internacionais.

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