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segunda-feira, 08/09/2025

Malafaia diz ser perseguido por Moraes e chama Lula de traidor da pátria

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ARTHUR GUIMARÃES DE OLIVEIRA, GUSTAVO ZEITEL E KARINA MATIAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O pastor evangélico Silas Malafaia afirmou neste domingo (7), durante uma manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, que está sendo perseguido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirmou que o presidente Lula é o verdadeiro traidor do país.

“Achei que minha vez demorava a chegar, mas ele [Moraes] me incluiu numa investigação. É crime dar opinião? Dar conselho? Influenciar outros? Somos seres sociais e todos influenciamos e somos influenciados”, disse.

Malafaia é um aliado antigo de Bolsonaro e foi um dos principais organizadores das manifestações em defesa do ex-presidente. Ele lidera a Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Em agosto, Malafaia foi incluído em um inquérito que investiga tentativa de obstrução à investigação da trama golpista no STF. Ao retornar de Portugal, teve seu passaporte e celular apreendidos pela Polícia Federal.

Criticando Moraes, a quem chama de ditador, Malafaia classificou a ação da PF como perseguição religiosa. “Há quatro anos, em vários vídeos e manifestações, denuncio os crimes do ditador da toga, Alexandre de Moraes”.

Ele também reafirmou que Lula é o verdadeiro traidor da pátria.

A Polícia Federal declarou que Malafaia participou da articulação com outras pessoas investigadas para criar estratégias de pressão e divulgação de informações falsas, além de coordenar ações.

Segundo os investigadores, a intenção do pastor seria intimidar membros do Poder Judiciário para impedir decisões contrárias aos interesses do grupo criminoso.

O inquérito ainda mostrou mensagens entre Malafaia e o ex-presidente Bolsonaro, onde o pastor critica o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.

“Esse seu filho Eduardo é um babaca”, escreveu Malafaia em 11 de julho, após anúncio de sobretaxa dos EUA ao Brasil, movimento em que Eduardo teve papel.

Para ele, Eduardo dava um discurso nacionalista à esquerda, mas prejudicava Bolsonaro. “É um estúpido. Estou indignado! Só não faço um vídeo para repreendê-lo por consideração a você. Não sei se vou aguentar ficar calado se ele errar de novo”.

Procurado, Malafaia disse não ser um “superman evangélico” e que erra como qualquer pessoa, mas que as mensagens mostram sua proximidade com Bolsonaro. “Sou aliado, não alienado nem bolsominion”.

Ele também criticou o silêncio de outros líderes religiosos diante do que chama de perseguição contra Bolsonaro.

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