Uma pesquisa publicada pela Quaest na noite de domingo, 23 de novembro, revela que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou uma repercussão muito mais rápida e intensa comparada à condenação dele na ação da trama golpista conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dados mostram que, ao analisar os dois eventos, a prisão preventiva de Bolsonaro causou um aumento imediato e expressivo de menções, impulsionado pela surpresa da decisão anunciada.
O gráfico da pesquisa demonstra que enquanto o pico das menções sobre a condenação, ocorrido em setembro, chegou a 40 mil citações, as referências à prisão determinada pela Polícia Federal (PF), sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, atingiram 80 mil — o dobro do volume anterior.
A pesquisa destaca ainda que o anúncio da prisão provocou forte reação e aumentou a discussão política nas redes sociais. Para 42% dos entrevistados, o episódio evidencia uma polarização política acentuada. Para 33%, a prisão foi vista de maneira favorável, enquanto 25% mantiveram uma posição neutra.
“Logo após o anúncio, as menções dispararam, alcançando o auge entre 9h e 11h, período em que as narrativas se intensificaram. Enquanto grupos de esquerda elogiaram a atuação das instituições, a direita afirmou se tratar de perseguição política. O caso colocou Bolsonaro novamente no centro do debate e intensificou o confronto entre os diferentes grupos”, destacou a Quaest.
