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terça-feira, 15/07/2025

Mais de R$ 630 milhões em infraestrutura fomentam novos negócios no Sol Nascente

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Com pouco dinheiro, mas muita vontade, a empresária Misleide Martins, 41 anos, confiou no potencial do Sol Nascente ao abrir o primeiro mercado no Trecho 3 da cidade, em 2010. Naquela época, enfrentava problemas devido à falta de urbanização – ruas sem asfalto, esgoto exposto e mercadorias cobertas de poeira. Hoje, a realidade mudou, e Misleide é proprietária de dois mercados em uma das regiões administrativas mais jovens e promissoras do Distrito Federal.

Desde 2019, foram investidos mais de R$ 630 milhões pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em obras de infraestrutura no Sol Nascente. Este investimento melhorou a vida dos mais de 108 mil moradores, segundo a última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) Ampliada, e criou um ambiente propício para a chegada de novos negócios. De acordo com dados da Junta Comercial, mais de 500 empresas foram registradas na cidade nos últimos seis anos, gerando emprego e renda.

Misleide Martins relata: “Antes era difícil; muita poeira e esgoto nas ruas, sem pavimentação, mas vimos grande avanço e estamos muito felizes.” Ela inaugurou seu segundo mercado em março deste ano. “Tudo limpo nas lojas, bem organizado, algo que não tínhamos antes. Escolhi o Sol Nascente por ter poucos recursos, mas a cidade cresceu e nós também. Hoje o cliente é exigente, valoriza o comércio local, e conseguimos oferecer qualidade.”

O comerciante Edmilton Ferreira dos Santos, 55 anos, também decidiu empreender no Sol Nascente. Morador desde 2005, abriu a peixaria Coisas da Roça em 2022 para vender produtos típicos do Nordeste. Ele afirma: “Para mim, este é o melhor lugar para morar e tenho muito orgulho disso. Quero investir mais e contratar ajuda. Antes do asfalto, sofríamos com a poeira, equipamento estragava, mas o asfalto trouxe mais clientes.”

Atualmente, estão em andamento obras nos três trechos da região, incluindo pavimentação, instalação de águas pluviais, meios-fios, calçadas e sinalização, além de bacias de detenção. O secretário-executivo de Cidades da Secretaria de Governo (Segov), Takane Kiyotsuka do Nascimento, destaca que o objetivo do GDF é estimular a economia local, gerando empregos e riqueza para a comunidade e oferecendo benefícios aos moradores.

Cláudio Ferreira, administrador regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, ressalta: “Essa região, antes considerada a maior favela da América Latina, mudou radicalmente com as obras de infraestrutura realizadas por este governo, que melhoraram a vida de moradores e comerciantes.”

Cláudio Ferreira lista benefícios recentes: “A cidade teve avanços significativos na segurança, iluminação e mobilidade. Hoje temos uma rodoviária, restaurantes comunitários, um Centro de Referência da Mulher Brasileira; está em construção o quartel do Corpo de Bombeiros; já foi destinada área para delegacia, batalhão escolar, uma escola e uma unidade de pronto atendimento (UPA).”

O casal de professores Kelle Caetano Pfeifer, 52, e Élio Pfeifer, 54, também viu o impacto do desenvolvimento. Fundaram a Fazendinha Solar Caetano em 2013, que oferece projetos educacionais e recreativos para crianças e adolescentes, acompanhando o crescimento da região.

Élio Pfeifer comenta: “A nova infraestrutura ajuda quem mora aqui; é motivo de orgulho para nós, que vivemos esta transformação durante 30 anos.” O espaço hoje possui cozinha industrial, piscina, celeiro para animais e conta com 15 funcionários. São oferecidos nove programas educacionais ao longo do ano para estudantes do DF e entorno.

Kelle Pfeifer acrescenta que as obras do GDF colaboraram para o aumento do interesse das instituições de ensino: “De 2012 até o ano passado, recebemos mais de 1.800 escolas. O Sol Nascente melhorou muito. Antes, era raro ter escolas do Plano Piloto aqui, hoje temos visitantes do Lago Sul, Lago Norte, Asa Sul e Asa Norte. Não há mais preconceito. Crescemos junto com o Sol Nascente. Amamos este lugar e moramos aqui há 30 anos, não trocamos este pedacinho de paraíso por nada.”

Quenede Guimarães, empresário de 41 anos à frente da Construir Materiais de Construção desde 2012, também aproveitou a transformação da região administrativa, que foi oficialmente reconhecida em agosto de 2019. Quenede afirma: “Vim acreditando que a cidade evoluiria, mas não esperava que se tornaria uma região administrativa com apoio do governo.”

O crescimento da cidade beneficiou Quenede diretamente, com aumento na demanda por materiais de acabamento. “Antes, era complicado realizar entregas por conta das ruas em más condições, mas com as obras, a clientela cresceu. Tenho esperança de que o Sol Nascente continuará a prosperar.”

*Com informações da Agência Brasília

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