Mortes ocorreram principalmente na região da Nhecolândia, no Pantanal sul-mato-grossense. Em Corumbá, termômetros marcaram 11°C, com sensação térmica de 9°C .
1.071 cabeças de gado morreram de frio em Mato Grosso do Sul, desde quarta-feira (14). A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) estima que o prejuízo tenha sido de cerca de R$ 3 milhões para os produtores rurais. Assista ao vídeo acima.
De acordo com especialistas, as mortes dos animais estão atreladas a uma severa hipotermia e o gado pantaneiro pode sofrer ainda mais com o frio.
As mortes ocorreram principalmente na região da Nhecolândia, no Pantanal sul-mato-grossense. Equipes da Iagro estão percorrendo as propriedades onde há suspeitas de morte por condições climáticas. Foram confirmadas 1.071.
Dados do Inmet mostraram que na madrugada desta sexta-feira (16), os termômetros marcaram 11°C em Corumbá, com sensação térmica ainda mais baixa: 9°C .
“Foram as temperaturas registradas mais baixas desse ano. E hoje é possível que ocorram mais mortes”, afirmou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.
No entanto, de acordo com Daniel, as mortes dos animais não são tão incomuns na região do Pantanal e já foram registradas anteriormente.
Na manhã de hoje (16), cerca de 25 bezerros foram encontrados mortos em uma fazenda de Corumbá (MS), no Pantanal, devido ao frio. O prejuízo foi estimado em 40 mil reais pelo produtor rural.
O fazendeiro, que prefere não ser identificado, disse que os animais estavam arrendados para irem ao Pantanal quando as águas baixassem na vazante e seriam usados para criação e gado de corte. Segundo ele, os bezerros tinham entre cinco e oito meses de idade.
Bezerros morrem de frio em fazenda no Pantanal de MS — Foto: Jarderson Moreira
Frente fria
Em Campo Grande, na quinta-feira (15), foi registrado 7,2ºC, considerada a menor mínima do ano, igualando a quarta-feira (14).
O frio ainda permanece neste fim de semana, mas já começa a esquentar na próxima segunda-feira (19). O outono vai embora e o inverno chega com chuva, mas sem previsão de novas “friacas” como as desta semana.