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segunda-feira, 01/12/2025

Mais de 900 mortes causadas por enchentes no Sudeste Asiático

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O número de vítimas das enchentes que atingiram recentemente várias regiões da Indonésia, Tailândia, Malásia e Sri Lanka aumentou para pelo menos 938 mortos, com centenas de pessoas ainda desaparecidas. Autoridades locais estão focadas em liberar estradas bloqueadas por destroços e localizar os desaparecidos após intensas chuvas, inundações súbitas e deslizamentos de terra.

Na Indonésia, o país mais afetado na região, contabiliza-se ao menos 442 fatalidades, enquanto 402 pessoas permanecem desaparecidas, conforme dados mais recentes da agência de gerenciamento de desastres.

Na Tailândia, onde uma das piores enchentes da última década causou ao menos 162 mortes, os responsáveis continuam oferecendo assistência a milhares de desalojados e trabalhando para reparar os danos causados.

Na Malásia, inundações severas no estado de Perlis provocaram duas vítimas fatais.

Na região do Sul da Ásia, o Centro de Gestão de Desastres (DMC) do Sri Lanka comunicou que pelo menos 334 pessoas perderam a vida devido a uma semana de fortes chuvas resultantes do ciclone Ditwah, enquanto 400 indivíduos permanecem desaparecidos.

Recursos militares e assistência

Na Indonésia, duas cidades da ilha de Sumatra, particularmente afetadas, permaneciam isoladas no domingo, levando as autoridades a despachar dois navios militares de Jacarta para entregar suprimentos essenciais. Suharyanto, chefe da Agência Nacional de Gestão de Desastres, afirmou que atenção especial é necessária para Tapanuli Central e Sibolga, onde os navios chegaram na segunda-feira.

Na vila de Sungai Nyalo, próxima à capital da província de Sumatra Ocidental, Padang, o nível das águas caiu significativamente, mas casas, veículos e plantações continuam cobertos por uma espessa camada de lama. Até o momento, a limpeza das vias não foi iniciada e não houve chegada de ajuda externa conforme relatos dos moradores.

Na Tailândia, esforços de busca pelos desaparecidos seguem em andamento, e o governo iniciou medidas de apoio financeiro que podem proporcionar até dois milhões de bahts (equivalente a 53 mil euros) para famílias afetadas. Entretanto, críticas à resposta oficial aumentaram, resultando na suspensão de dois funcionários locais.

Crise humanitária no Sri Lanka

No Sri Lanka, ainda que o ciclone Ditwah tenha se deslocado para a Índia, fortes chuvas fazem com que regiões ao norte de Colombo permaneçam inundadas. Um representante do DMC informou que as inundações continuam crescendo ao longo das margens do rio Kelani devido às precipitações rio acima.

O presidente Anura Kumara Dissanayake declarou estado de emergência, ampliando seus poderes para gerenciar a situação. O exército foi mobilizado para auxiliar nas operações de resgate. O país solicitou ajuda internacional para atender aproximadamente 833 mil pessoas deslocadas, além de 122 mil abrigadas em locais temporários. Cerca de um terço da população está sem acesso a eletricidade e água potável.

Este cenário representa o desastre natural mais grave no Sri Lanka desde 2017, quando inundações e deslizamentos causaram mais de 200 mortes.

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