24.5 C
Brasília
terça-feira, 17/06/2025




Mais de 50 mortos em ataque em centro de ajuda em Gaza

Brasília
nuvens dispersas
24.5 ° C
25.6 °
24.5 °
48 %
3.1kmh
40 %
ter
23 °
qua
26 °
qui
26 °
sex
26 °
sáb
28 °

Em Brasília

Os serviços de emergência confirmaram na terça-feira (17) que as forças israelenses mataram mais de 50 pessoas próximas a um centro de distribuição de alimentos em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, pelo menos 53 pessoas perderam a vida e mais de 200 ficaram feridas perto de um centro administrado pela ONG World Central Kitchen, onde milhares de palestinos buscavam farinha.

Segundo Basal, drones israelenses abriram fogo contra a multidão, seguidos por projéteis lançados por tanques israelenses.

Em razão das restrições aos veículos de comunicação e da dificuldade de acesso ao local, a AFP não pôde verificar de forma independente as informações fornecidas pela Defesa Civil de Gaza.

O Exército de Israel afirmou estar investigando o caso e mencionou que foi identificada uma concentração de pessoas próximo a um caminhão de ajuda atingido na área de Khan Yunis, onde tropas israelenses estavam operando.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que 51 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas, sendo levadas ao hospital Naser de Khan Yunis.

Basal também indicou que quatro outras pessoas foram mortas em ataques israelenses perto de Rafah, também ao sul de Gaza.

Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o Exército israelense intensificou sua ofensiva em Gaza visando libertar reféns e combater o Hamas.

Crise humanitária

O ataque do Hamas causou a morte de 1.219 pessoas em Israel, segundo dados oficiais. Em retaliação, a ofensiva israelense resultou em mais de 55 mil mortos em Gaza, conforme dados do Ministério da Saúde local, confiáveis segundo a ONU.

Israel impôs um bloqueio total a Gaza no início de março, suspenso parcialmente em maio, mas a região enfrenta escassez grave de alimentos, medicamentos e itens essenciais.

A Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Washington e Israel, iniciou a distribuição de ajuda em maio, porém com incidentes que causaram dezenas de mortes.

Condicões nos hospitais

Nos últimos centros médicos operando no norte de Gaza, trabalhadores retiram escombros para permitir entrada de ambulâncias, enquanto bombardeios continuam diários em toda a região.

Em entrevista, o paciente Amer Abu Safiya relatou estar ferido e lamentou a falta de medicamentos e materiais para tratamento no hospital Al Ahli, que foi destruído.

Alessandro Maracchi, chefe do escritório do PNUD em Gaza, ressaltou a importância de reativar serviços de emergência e fisioterapia.




Veja Também