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segunda-feira, 07/07/2025

Mais de 20 brasileiros estão desaparecidos na guerra da Ucrânia

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Mais de vinte brasileiros, que foram à Europa para lutar pela Ucrânia, estão desaparecidos após combates contra russos. A informação foi confirmada por fontes diplomáticas ucranianas ao Metrópoles.

Guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia começou em 2022 e já dura mais de três anos sem uma solução pacífica. Segundo os dados mais recentes do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), mais de 13,3 mil civis morreram desde o início do conflito.

Esforços diplomáticos entre Moscou e Kiev para encerrar o conflito começaram em janeiro deste ano, sob mediação dos Estados Unidos, agora comandados por Donald Trump. Em maio, Trump apresentou uma proposta de cessar-fogo de 30 dias entre os dois países. A Ucrânia aceitou, mas a Rússia rejeitou e sugeriu uma trégua por um período menor. Rússia e Ucrânia realizaram duas rodadas de negociação direta na Turquia, sem grandes avanços.

Na linguagem diplomática, um combatente com status de desaparecido é considerado morto, apesar de seu corpo não ter sido encontrado. Desde 2022, o governo brasileiro confirmou a morte de 9 cidadãos que participaram da guerra. Outros 14 seguem com status de desaparecidos, segundo fontes diplomáticas nacionais.

Questionado sobre o novo número de brasileiros desaparecidos, o Ministério das Relações Exteriores ainda não respondeu. O espaço permanece aberto para manifestações.

Caçada contra mercenários brasileiros

Seja por questões ideológicas ou financeiras, o conflito no Leste Europeu atraiu brasileiros desde os primeiros meses de luta. O próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que combatentes ao redor do mundo se unissem às tropas ucranianas contra o que chamou de “criminosos de guerra russos”.

Com isso, a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia foi criada pelo governo Zelensky, com salários que variam entre US$ 550 e US$ 4.800. Brasileiros também se juntaram às tropas da Rússia, ainda que em menor número.

Por isso, Rússia e Ucrânia realizam uma espécie de “caçada” contra os mercenários brasileiros no conflito. Recentemente, uma lista com os nomes de 38 combatentes brasileiros foi divulgada pelo projeto Quero Viver, ligado ao Ministério da Defesa da Ucrânia, que busca a rendição voluntária de mercenários estrangeiros do lado russo.

No lado russo, iniciativas similares surgiram no início do conflito. Administrada por blogueiros ligados ao Kremlin, a página Foreign Combatants traz informações sobre mercenários que atuam ao lado dos ucranianos, divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia.

Brasileiros continuam buscando a guerra

Recentemente, um mercenário brasileiro perdeu parte da perna esquerda ao pisar em uma mina terrestre durante combates na Ucrânia. Raphael Paixão, de 26 anos, ficou desaparecido por quase um mês, sem notícias para a família na cidade de Imperatriz, Maranhão. Segundo parentes, ele conseguiu chegar a um hospital e passou por cirurgia após arrastar-se por cerca de 9 km.

Apesar dos riscos, do número de brasileiros mortos no conflito e de histórias como a de Raphael, brasileiros continuam indo para as trincheiras na Europa. Um cidadão brasileiro comunicou em 20 de junho, em um grupo no Telegram com brasileiros na Ucrânia, que já havia dado entrada no passaporte e que estava quase na hora de ir ajudar a Ucrânia.

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