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quinta-feira, 13/11/2025




Mais brasileiros deixaram de beber nos últimos dois anos, diz estudo

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Segundo uma pesquisa recente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), em 2025 a maioria dos brasileiros afirmou que não consome bebidas alcoólicas.

Dados da Ipsos-Ipec mostram que 64% da população declarou ser abstêmia, um crescimento significativo comparado a 2023, quando o índice era de 55%.

Esse aumento é mais notável entre os jovens adultos entre 18 e 34 anos. Na faixa de 18 a 24 anos, o número de pessoas que não bebem subiu de 46% para 64% em dois anos, enquanto na faixa de 25 a 34 anos, o percentual subiu de 47% para 61%.

Rosi Rosendo, diretora de contas da área de opinião pública da Ipsos-Ipec, ressalta que os mais jovens estão impulsionando essa tendência de redução do consumo de álcool.

Mariana Thibes, coordenadora do CISA, comenta que esse comportamento acompanha um movimento global. Além disso, o consumo exagerado de álcool entre jovens de 18 a 24 anos reduziu de 20% para 13%, e a maioria dos que bebem consome somente uma ou duas doses em cada ocasião.

O estudo também revela crescimento da abstinência entre pessoas com ensino superior, moradores do Sudeste e das classes sociais A e B, sendo essa tendência mais forte nas regiões metropolitanas e capitais.

Além de beber menos, os brasileiros também têm diminuído a frequência do consumo. O número de pessoas que ingerem bebidas alcoólicas semanalmente ou a cada quinze dias caiu seis pontos percentuais desde 2023. Entre os que ainda bebem, 39% afirmam consumir uma ou duas doses por vez.

No entanto, o consumo abusivo de álcool permanece um problema para a saúde pública. A proporção de bebedores abusivos manteve-se praticamente estável, passando de 17% para 15%. O que chama atenção é que 82% das pessoas que bebem em excesso consideram seu consumo moderado, enquanto apenas 9% reconhecem que exageram e sentem necessidade de mudar de comportamento.

Mariana Thibes enfatiza que, apesar do avanço na consciência sobre o consumo de álcool, especialmente entre os jovens, ainda existe um desafio importante na percepção do uso abusivo.

A pesquisa foi realizada em setembro de 2025, com 1.981 pessoas de 18 anos ou mais, abrangendo homens e mulheres das classes econômicas A, B, C e DE.




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