O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a indefinição sobre a reforma ministerial não prejudica o avanço da reforma da Previdência. As mudanças nas pastas do Governo devem ser uma estratégia para fortalecer a base e aprovar a proposta.
Para Maia, as mudanças nas regras de aposentadoria não serão afetadas por essa situação: “não vai influenciar, vamos continuar trabalhando. Já tivemos outros problemas e conseguimos aprovar matérias importantes”.
A proposta está parada na Câmara desde maio e a expectativa de Maia é votar o texto no dia 6 de dezembro. Mesmo com o otimismo, o presidente da Câmara alertou que o prazo que o Governo tem é curto para aprovar a reforma da Previdência na Casa neste ano.
O presidente da Câmara defendeu ainda que o Governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a Proposta, mas que, na quarta-feira, os técnicos fizeram uma demonstração clara da urgência da medida. “O prazo que temos é curto, mas a gente deixa Brasil entrar em 2018 e projetar para 2019 uma crise fiscal enorme que pode desmontar toda a recuperação econômica construída nos últimos 12 meses?”.
Agora, o relator levará para o plenário a proposta de reforma mais enxuta. O novo texto apresentado aos deputados da base na noite de ontem prevê idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres se aposentarem. Além disso, deve manter a exigência de 15 anos de contribuição para aposentadoria. A proposta está pronta para ser votada pelos deputados.
