O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta sugerindo a abertura de um canal direto para diálogo com o governo de Donald Trump. A comunicação ocorreu poucos dias após os Estados Unidos atacarem uma embarcação sul-americana, que, segundo Trump, estaria transportando traficantes de drogas.
Na correspondência, Maduro rejeitou as acusações feitas por Trump de que a Venezuela teria um papel significativo no tráfico de drogas. O líder venezuelano destacou que apenas 5% das drogas produzidas na Colômbia passam pela Venezuela, e que 70% dessas substâncias foram interceptadas e destruídas pelas autoridades locais.
“Presidente, acredito que juntos podemos superar as falsas informações que prejudicaram nossa relação, que deve ser pacífica e construtiva. Estes e outros temas estarão sempre abertos para um diálogo direto e honesto com seu representante especial Richard Grenell, de forma a eliminar o ruído midiático e as notícias falsas”, escreveu Maduro.
Ele ressaltou ainda que Grenell foi fundamental para resolver questões anteriores relacionadas à repatriação de migrantes venezuelanos. “Até agora, esse canal de comunicação tem se mostrado efetivo”, declarou.
Até o momento da divulgação, a Casa Branca não havia comentado a carta recebida.