O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou nesta segunda-feira (27/10) que a Venezuela desbaratou três ações terroristas orquestradas pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. Segundo Maduro, essas ações tinham o propósito de derrubar o governo bolivariano. A declaração ocorreu durante o programa “Zona Digital”, do Con Maduro+.
De acordo com Maduro, as três ações envolviam um ataque à Praça Venezuela, um ataque à antiga embaixada americana e um plano de falso atentado. Ele explicou que a identificação destas ações foi possível graças ao trabalho de inteligência e à cooperação entre as agências de segurança.
O vice-presidente do Setor de Política, Segurança Cidadã e Paz, bem como ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, acompanhou o anúncio. Cabello informou que três pessoas com manuais fornecidos pela Agência Central de Inteligência foram detidas durante as operações.
Diosdado Cabello também comentou que os capturados tentaram negar participação nos eventos e que celulares contendo informações importantes foram confiscados. “Esses aparelhos revelam muito. O que encontramos é valioso: a CIA ligada a grupos contrários à Venezuela”, declarou.
Intervenção e tráfico de drogas
Maduro denunciou que os EUA buscam se apoderar dos recursos naturais da Venezuela. Essa alegação baseia-se em relatórios com diversos indicadores coletados ao longo do tempo.
“O que o grupo econômico que governa os EUA atualmente quer é o petróleo, gás e ouro da Venezuela. Eles querem nossa riqueza”, disse o presidente.
O líder venezuelano afirma que a estratégia de interferência utiliza acusações envolvendo narcotráfico, se valendo da produção de drogas na Colômbia como justificativa. Ele também destacou que seu governo estabelece políticas restritivas ao tráfico de drogas.
“Do total da cocaína produzida na Colômbia, apenas uma pequena parcela, cerca de 5%, tenta entrar pela Venezuela, e dessa parte, estamos conseguindo apreender quase tudo, destruindo e eliminando. É um esforço grande e estamos munidos de provas visíveis e conhecidas”, explicou Maduro.
