O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou uma ação constitucional para revogar a cidadania daqueles venezuelanos que apoiarem uma invasão estrangeira em seu país. A declaração foi feita na quarta-feira, 29 de outubro, em um contexto de aumento das tensões com os Estados Unidos, que têm intensificado operações militares com bombardeios em embarcações no Caribe, região próxima à Venezuela.
Maduro declarou: “Eu submeto ao Tribunal Supremo de Justiça uma consideração constitucional com base no artigo 130, para que sejam retiradas as nacionalidades venezuelanas daqueles que traem a pátria, juntando-se a um exército estrangeiro imperialista para invadir a Venezuela”.
Ele também mencionou que, se for necessário, o Tribunal revogará toda a documentação relacionada, conforme previsto na lei e na Constituição.
O anúncio surgiu após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, autorizar a CIA a executar “ações letais” na Venezuela visando derrubar o governo de Maduro.
A Venezuela, por sua vez, sustenta que os Estados Unidos planejam uma operação falsa para justificar uma agressão militar contra o país. Segundo o governo venezuelano, a estratégia envolve provocar um ataque contra um navio militar norte-americano atualmente em Trinidad e Tobago, próximo à Venezuela, para então desencadear ações militares sob o pretexto de retaliação.
Maduro também acusou o opositor Eduardo Leopoldo López Mendoza de incentivar o governo dos EUA a invadir a Venezuela. No início do ano, o regime solicitou um mandado de prisão e um alerta vermelho contra Leopoldo López.
Em suas palavras, Maduro afirmou: “Esta é uma pátria para todos, ou não haverá petróleo para ninguém. É importante que respeitem esse espaço. Vocês puderam ver Leopoldo López pedindo que um exército estrangeiro intervenha aqui”.

