O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou nesta quarta-feira (1º/10) o começo das celebrações de Natal no país. Esta é a segunda vez consecutiva que o Natal é antecipado na Venezuela. Maduro afirma que essa decisão visa garantir o “direito à felicidade” e incentivar um ambiente econômico positivo com ações comerciais, culturais e econômicas.
“Mais uma vez, o Natal começa em 1º de outubro na Venezuela, com alegria, comércio, atividades culturais, cantos natalinos, gaita e hallaca, um prato tradicional venezuelano. Essa é uma forma de garantir a felicidade, o direito à felicidade”, disse Maduro em um pronunciamento na televisão estatal do país.
O decreto foi emitido em meio a tensões com os Estados Unidos, que têm navios de guerra operando em águas internacionais do Caribe próximas à Venezuela. O governo americano anunciou ataques a três embarcações supostamente venezuelanas que transportavam drogas pelo Caribe.
Donald Trump afirmou que as ações militares visam combater o narcotráfico. Essa justificativa começou com a acusação de que Maduro lidera o cartel de drogas de Los Soles.
No ano passado, a Conferência Episcopal da Venezuela, que reúne os bispos do país, criticou a antecipação do Natal, afirmando que a festividade é universal e não deve ser usada para fins políticos ou propaganda.
Antecedentes da antecipação do Natal
De acordo com o jornal venezuelano El Nacional, a antecipação das comemorações natalinas começou em 2013, quando Maduro assumiu o poder. Muitas regiões de Caracas foram decoradas, incluindo monumentos, praças, estátuas e o Fuerte Tiuna, um dos principais complexos militares do país.
No último ano, em setembro, o presidente também antecipou as festividades em homenagem e agradecimento ao povo venezuelano após as eleições presidenciais de 28 de julho. Muitos países da comunidade internacional alegaram que o processo eleitoral foi fraudulento, considerando que o presidente estabeleceu um governo autoritário na Venezuela.
