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quarta-feira, 05/11/2025




Maduro agradece Lula e Papa Leão XIV por pedidos de paz na Venezuela

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O líder venezuelano, Nicolás Maduro, expressou gratidão ao Papa Leão XIV e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio à paz na Venezuela em meio a tensões com os Estados Unidos. O agradecimento foi feito durante um discurso no Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em Caracas, na terça-feira à noite (4/11).

No pronunciamento, Maduro demonstrou apreço pelas palavras de Lula, do Papa e da Organização das Nações Unidas (ONU). “Sou grato à fala do Papa Leão, líder da Igreja Católica, que pediu diálogo entre Estados Unidos e Venezuela para buscar soluções e preservar a paz. Muito obrigado”, afirmou.

Ele também agradeceu ao Escritório de Especialistas em Direitos Humanos da ONU. “[Este escritório] fez uma importante manifestação contra ameaças de uso da força militar contra a Venezuela”, declarou.

Por fim, agradeceu ao presidente brasileiro, que fez uma declaração nesta terça-feira, em Belém: “Sou grato ao presidente Lula da Silva, que realizou um discurso firme em defesa da paz na América do Sul e na América Latina, destacando o papel que a Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos] deve desempenhar”, disse o venezuelano.

Posição de Lula

Em conversa com jornalistas estrangeiros em Belém, o presidente Lula indicou a possibilidade de viajar à Colômbia nos próximos dias para participar da 4ª Cúpula Celac-União Europeia, marcada para domingo (9/11) e segunda-feira (10/11).

Lula ressaltou que a cúpula discutirá a movimentação militar dos Estados Unidos próxima à Venezuela e contou que, em reunião com o presidente Donald Trump na Malásia, no dia 26 de outubro, afirmou que a América Latina deve ser considerada uma “zona de paz”.

“A reunião da Celac só faz sentido se debatermos a presença de navios de guerra americanos nos mares da América Latina. Eu conversei com o presidente Trump sobre esta questão, reforçando que a América Latina é uma região de paz, sem proliferação de armas nucleares. No Brasil, isso é constitucional. […] Não precisamos de guerra aqui”, disse o presidente brasileiro.

Lula afirmou que a presença das forças armadas dos Estados Unidos na região não é necessária. “As polícias têm o direito e a responsabilidade de combater o narcotráfico, e os americanos poderiam estar ajudando esses países, não atirando neles”, declarou.

Ele reforçou que os problemas políticos não se resolvem com armas, mas com diálogo. “Coloquei-me à disposição. Temos todo o interesse em ajudar, pois não queremos conflitos na América do Sul”, concluiu o chefe do Executivo brasileiro.




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