O presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, fez graves acusações contra Daniel Noboa, líder do Equador, afirmando que ele estaria ligado ao tráfico de drogas no país. A declaração foi feita na última segunda-feira (3/11) durante seu programa transmitido pela televisão estatal venezuelana, onde também alegou que Noboa assume o cargo através de fraude eleitoral, e que os Estados Unidos cooperam com o Equador nesse esquema de narcotráfico internacional.
“Toda a droga produzida na Colômbia, Peru e partes da Bolívia passa pelo Equador e é exportada em embarcações e empresas ligadas ao presidente equatoriano, que teria fraudado as eleições. Acho que o nome dele é Daniel, não é? Sim, Daniel Noboa”, declarou.
Essas declarações ocorrem em um momento de intensificação das tensões entre Venezuela e Estados Unidos, que recentemente realizaram ataques a embarcações próximas à costa venezuelana sob a justificativa de combater o tráfico de drogas nas rotas marítimas. Noboa é politicamente alinhado com Donald Trump, tendo inclusive rotulado o Cartel de Los Soles, organização criminosa da Venezuela, como “grupo terrorista”.
Vale lembrar que essas acusações surgem em meio a um período em que o Equador tem enfrentado um aumento considerável da violência relacionada ao tráfico de drogas. Naquela época, criminosos expandiram suas operações usando a indústria bananeira do país para contrabandear drogas nas exportações de frutas em contêineres marítimos. Segundo Maduro, Noboa estaria envolvido, contando ainda com a cooperação dos Estados Unidos.
“As agências de inteligência e segurança norte-americanas, incluindo o FBI e a DEA, assim como as forças militares, estão cientes de que a droga sai pela rota do Pacífico em direção aos EUA, conforme denunciado pelo presidente Gustavo Petro“, completou o líder venezuelano.
O governo dos EUA intensificou suas ações contra Gustavo Petro, presidente da Colômbia, após Donald Trump o ter acusado de liderar o tráfico internacional de entorpecentes e ter cortado subsídios ao país sul-americano.
Essa tensão aumentou depois que Petro denunciou o governo americano por ataques militares em águas internacionais do Caribe e do Atlântico, onde acusações de assassinato foram feitas contra os EUA. Desde então, Petro continua a negar qualquer envolvimento com o tráfico de drogas, reforçando suas denúncias contra as ações americanas.
