Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando um caso de maus-tratos contra uma criança de 8 anos em Ceilândia. Segundo denúncia, a madrasta teria queimado o menino com um garfo aquecido nas nádegas.
A ocorrência está sob responsabilidade da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) após a denúncia feita pela direção da escola pública do aluno.
Os professores notaram uma mudança no comportamento do garoto e, ao identificar as marcas de agressão em seu corpo, especialmente nas nádegas, registraram um boletim de ocorrência na quarta-feira (13/8).
De acordo com o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes, a criança relatou que foi agredida pela madrasta. Ele foi levado para exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).
“Trata-se de um caso extremamente grave. Uma criança de 8 anos sofrendo punições físicas dessa natureza, quase como nos tempos medievais. Para nós, é um alerta importante para outras famílias”, declarou o delegado.
O Conselho Tutelar entregou a criança à sua mãe biológica, que pediu medidas protetivas previstas na Lei Henry Borel para garantir distância entre o agressor e o menino durante as investigações.
A PCDF convocou a madrasta para prestar esclarecimentos na tarde de quinta-feira (14/8). O pai da criança já foi ouvido e afirmou que passa o dia trabalhando fora e não percebeu as lesões.
Durante o lanche na escola, o diretor percebeu um ferimento no rosto do menino e, após isso, ficou chocado ao ver outras feridas e cicatrizes pelo corpo.
“Existem evidências de tortura na criança”, destacou o delegado.
A mãe biológica contou que não vê o filho desde março e afirmou que o pai impedia qualquer contato, justificando que o garoto estava frequentemente doente.